Olá pessoas, após um período sem poder escrever por motivos idiotas, voltamos aqui para mais um pouco das minhas viagens de minha mente maluca. Com tantos acontecimentos importantes eu também tenho necessidade de dar a minha opinião, quem ler espero que também reflita sobre isso.
A cultura do inútil e os protestos.
Acompanhei nas últimas semanas, e
continuo acompanhando, as manifestações por todo o país da massa popular
indignada com o aumento na passagem do transporte público. Não sei o que
realmente motiva essas pessoas a irem às ruas, podemos ter aqui algum interesse
político, como defendem os nossos atuais governantes, podemos ter um movimento
sindicalista, como defendem as empresas responsáveis pelo transporte, e podemos
ter aqui um real movimento popular com gente que não aguenta mais ser explorada
pelos dois lados, eu realmente ainda não sei, mas estou feliz. Feliz por ver
que é possível, que ainda existe esperança para o povo que reside num dos
países que mais cobram impostos no mundo, onde mais se rouba no mundo e onde os
serviços que deveriam ser de excelência, primam pela falta de estrutura ficando
à beira do caos. Me dá orgulho ver que
as pessoas podem lutar, de uma maneira pacífica é claro, por seus direitos,
exigindo que nossos representantes no município, estado e governo realmente
trabalhem em pró do povo e não contra ele. Frustrante por outro lado é ver a
resposta deste mesmo governo que pede para a polícia abafar as manifestações,
da forma que achar necessário, e brada aos quatro cantos que não irão fazer
anda para mudar a atual situação dos valores mencionados. Que há algum
interesse, todos estamos cansados de saber, muitos irão ganhar com isso de
alguma forma, mas a maioria que irá perder com isso, ou seja, o povo, nem
sequer é levado em consideração, e por quê?
Simples, meu orgulho se
transformou em decepção logo cedo ao ver o entusiasmo de uma parcela ainda
maior de pessoas “do povo” se mobilizando para um evento de “suma importância”
na vida do brasileiro: o futebol. Sim, hoje veremos em um estádio, para o jogo de
abertura da copa das confederações, muito mais pessoas reunidas do que se
somarmos todos os que saíram nas ruas das grandes capitais para protestarem. È
incrível como, em meio à questões tão importantes sendo discutidas, uma
porcaria de jogo consiga fazer todos esquecerem o que está acontecendo ao seu
redor. Tanto é que existem shows programados e telões em todas as capitais;
outros locais que receberão cerca de 30 a 50 mil pessoas para beberem cerveja
como camelos bebem água antes das viagens pelo deserto, ouvirão grupos musicais
antes e após o jogo e voltarão para as suas casas com um infinito sentimento de
felicidade, ainda mais se a seleção ganhar o jogo, se não ganhar não tem
problema, a festa já terá sido feita.
E assim se aplaca mais uma
revolta popular, com uma cobertura midiática gigantesca em um evento que não
traz nada de útil a ninguém, futebol é sim, para a grande maioria das pessoas,
puro entretenimento como também os shows de suas bandas favoritas ou as
“maravilhas” de programas produzidos para a nossa televisão. Quem ganha com o
esporte das massas? São bem poucas pessoas se comparadas com as que assistem a
isso. O mesmo vale para as redes de TV, que nos presenteiam com uma programação
de cultura inútil, ajudando assim a alienar a maior parte do nosso amado povo.
Ora essa, como realmente levar a
sério um protesto de pouco mais de milhares de pessoas se outros muitos
milhares continuam seguindo o mesmo caminho mostrado pela pobre educação, falta
de segurança e saúde e com muitas novelas e jogos de futebol? Como prestar
atenção nas coisas sérias se a maioria apóia o pão com circo?
É trágico ver que de um lado
algumas pessoas lutam para economizarem tudo o que podem para sustentarem suas
famílias enquanto do outro lado há idiotas pagando centenas de reais para ver a
um jogo.
Pessoas sérias não deveriam pagar
para ir ver os jogos, artistas sérios não deveriam se apresentar sob as atuais
circunstâncias sabendo que estão sendo usados para aplacar a vontade popular.
Redes de televisões sérias deveriam dar mais foco aos protestos que ao
entretenimento.
Pode parecer utopia, mas eu
credito que mesmo em pequeno número é possível fazer a diferença. Os militares
não eram maioria quando tomaram o poder, era melhor organizados. As pessoas que
se levantaram inicialmente contra essa ditadura também não eram a maioria, eram
corajosos. Agora nos levantamos contra tudo o que está errado mais uma vez
neste país e mais uma vez não somos maiorias, mas somos um começo!
------------------------------------------------PAUSA----------------------------------------------------
Sempre me perguntei o porquê de
calça Jeans terem zíperes. Achava eu, na minha cabeça machista que teria sido
para que os homens não precisassem, quando fossem dar uma aliviada, ter que
baixar um pouco as calças, já que é perfeitamente possível utilizar-se da
abertura que o zíper proporciona. Imaginava eu isso por que é um saco se você
está de cinto ter que tirar aquilo tudo apenas para mijar. Também eu pensava
sobre isso levando em consideração que o jeans começou a ser utilizado por
trabalhadores de minas por ser um tecido mais resistente e que não rasgava tão
facilmente e como usavam macacões feitos de jeans achei que teriam que ter “uma
portinha” pra facilitar o lance de ir ao banheiro. Mas apesar da minha teoria
louca ser até interessante eu, claro, estava errado e fiquei surpreso ao saber que
o zíper fora criado originalmente para substituir os laços em botas de cano
alto, ou seja, facilitar o vestuário de calçados, e temos até mesmo um senhor
obeso que adotou a ideia. Mais tarde as forças armadas passam a usar o zíper em
seus uniformes e mais para frente a Lee incorpora o zíper em calças jeans, ao
lançarem o modelo feminino, ou seja, o zíper em jeans veio mesmo por causa das
mulheres e não dos homens como eu imaginava.
Para mais do mesmo: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-ziper/historia-do-ziper-5.php
------------------------------------------FIM DA PAUSA------------------------------------------------
A SABEDORIA DA CORUJA
Seu Donatelo era um senhor de
idade com um grave problema cardíaco, mas que detestava ficar em casa o dia
inteiro, então sempre saia para suas voltas pelas ruas.
Como era importante que seu
Donatelo tomasse seu medicamento no horário correto com risco de ter um ataque
fulminante em 15 minutos. Ele era lembrado, sempre por dona Rita, a vizinha
xereta, dos horários, desde logo cedo com ela o acordando aos gritos para que
tomasse ao remédio até na hora de sair para a volta da tarde:
- Seu Donatelo, não se esqueça de
olhar para o relógio da igreja hein, tem que tomar o remédio que leva no bolso
às 18 horas em ponto.
- Pode deixar Dona Rita, eu nunca
esqueço.
Por precaução Dona Rita pedia
para que Seu Antônio da banca, quando avistasse seu Donatelo, o avisasse do
horário do remédio, ela sabia bem como eram esses idosos, sempre esquecidos.
Naquela tarde, seu Donatelo saiu
para sua caminhada costumeira sempre de olho na torre da igreja para não perder
o horário e foi justamente na esquina da igreja que ele fora parado por uma
jovem donzela, que trajava um vestido com um generoso decote, mostrando o que
ela tinha de melhor em aspectos físicos além de seu belo rosto. Ela precisava
de algumas informações sobre onde ficavam alguns lugares e seu Donatelo, mais
olhando para os peitos que aos olhos da mulher, ficou muito feliz em poder
ajudar. Malandro como era, seu Donatelo enrolou o máximo que pode, para não
perder tão linda visão. Às vezes olhava para o belo rosto da moça, mas logo
voltava a olhar um pouco mais baixo.
Nem mesmo ficou incomodado quando
Seu Antônio parou ao seu lado para falar-lhe alguma coisa, coisa essa que seu
Antônio também deixou de lado quando passou a observar o decote da moça.
Conversavam os três de forma
animada, quando de repente, seu Donatelo, muda sua expressão de alegria para
uma cara de dor, horrível. Leva um dos punhos cerrados até o peito, onde
encosta no bolso da camisa sentindo a cartela do remédio, sua cabeça então
eleva-se, fazendo com que seus olhos saiam da mira do decote da moça e o faça
ver com alguma clareza o relógio da torre da igreja, eram 18:20. E essa é a
última visão de seu Donatelo antes de acordar no hospital, tendo ao seu lado
dona Rita, a vizinha xereta, que agora teria mais uma história para contar.
Sabedoria: Quem vê cara, e muito
peito, não vê que horas são!
FUI-ME!!!