sábado, 16 de janeiro de 2016

A Estreia de Pedro Góli

JANEIRO - 2016

2015 foi excelente para mim, nem tanto para o nosso país. Fico na torcida que 2016 seja bom para todos! E vamos de mais histórias... Quem sabe um dia sejam lidas por muitos!


Estranha coincidência e um pouco de nostalgia


No final de semana de estreia de Star Wars – O Despertar da Força, eu, como bom nerd e fã da série, tive que ir ver o filme – que é bom, mas não ótimo. O que é bem normal, uma pessoa ir ao cinema ver um filme. Mas eu sabia que algo não poderia ser totalmente normal em minha vida, nem mesmo as condições que eu vejo um filme.

Após o filme, voltando para o hotel (já irão saber por que hotel e não casa), meu núcleo de memórias cerebrais me alertou para uma estranha coincidência que envolve os primeiros filmes de todas as trilogias dessa série, lembrando que temos a trilogia original que estreia no filme IV, depois a segunda trilogia que começa pelo I e essa nova trilogia que se inicia agora com o VII.

Mas qual era a lembrança tão interessante que meu cérebro queira trazer à tona e que teria uma lógica ligação com minha última ida ao cinema?  Única e exclusivamente tratava-se de onde eu tinha visto a primeira parte de cada trilogia: Todas no Estado de São Paulo. E o que tem demais nisso? Quase nada na verdade, se tirarmos o fato de que eu moro no Estado do Paraná e não teria qualquer motivo de me deslocar daqui para uma cidade paulista apenas para ver o filme e, de fato, em nenhuma das ocasiões eu fui até elas apenas para isso.

O primeiro Star Wars que eu vi, o IV, foi na década de 80. Todo final de ano, a família inteira costumava se reunir na casa dos meus avós, tanto maternos quanto paternos, para matar as saudades. Como todos sabemos, com o tempo, é natural as famílias se espalharem pelo nosso Brasil e, algumas, até mesmo fora daqui. Então, tínhamos sempre o natal para colocar todos juntos num mesmo local, mais exatamente nas cidades de Barra Bonita e São Manoel. Só que, família reunida significa muita criança hiperativa de um lado para o outro e uma das formas que minha mãe e minha tia tinham de nos deixarem calmos por alguns momentos era locando filmes (na época era tudo VHS, aquelas fitas pesadas de vídeo cassete que demoravam uma eternidade para rebobinar, e ai de você se chegasse na locadora sem rebobinar; minha mãe tinha um aparelho que fazia isso um pouco mais rápido). E foi assim, nas férias de verão, através dessas fitas que passei a conhecer Changeman, Jaspion, Jiraya e, entre outros, Star Wars. Apaixonei-me à primeira vista, literalmente!

Os outros dois eu assisti no Paraná, também em VHS. Depois os anos passaram e surgiu uma nova trilogia. Fiquei empolgado e tava louco para ir ao cinema. Mas, por essas coisas do destino, a estreia do Episodio I iria acontecer no mesmo final de semana que minha irmã se formaria em direito. E onde ela estudava? Presidente Prudente. E como é quente aquela cidade, quase tão quente quanto Paranaguá. Pois bem, não teve jeito. Com um pouco de charme emburrativo, minha mãe me levou até um cinema e me enfiou na sala para assistir. Só não foi tudo legal por que eu não gostei tanto desse. Então era o segundo primeiro filme de trilogia da série que eu via numa cidade paulista.

Aí os anos passam novamente e eu fico animadíssimo quando decidem realizar mais uma trilogia. Data marcada, anotada no calendário. Dinheiro separado desde sei lá quando e então restava apenas escolher o melhor cinema em Curitiba pra me maravilhar mais uma vez com esse universo e... e... e... mais uma vez a vida brinca com a gente. O filme estreou no terceiro final de semana de dezembro. E o que tinha sido marcado para esse final de semana além do filme? O casamento do meu primo. E onde ele mora? Em Botucatu (onde eu nasci). Mas o casório seria em Cerquilho (cidade natal da noiva, onde saiu um dos prêmios da mega sena da virada – se eu soubesse tinha feito uma apostinha por lá – e que fica perto de Campinas). Logo, por incrível que possa parecer, eu assisti mais um início de trilogia da série numa cidade paulista (Campinas – e por isso voltava para o hotel).

Pode nada significar, mas é algo realmente estranho se pararmos para pensar a respeito, afinal eu jamais teria visto esses três filmes por lá se certas coisas não acontecessem para que assim fosse feito. São essas coisas da vida de cada um que nos faz pensar se não há mesmo alguma grande força no universo que vez ou outra nos brinda com acontecimentos realmente interessantes.





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É fato notório que após muitos anos livre dessa praga de mosquito, minha querida cidade de Paranaguá vive hoje uma das mais terríveis epidemias do litoral do Paraná quanto ao número de casos de dengue. Todos demoramos a nos mexer para mudar isso, tanto o poder público quanto os próprios cidadãos, mas tenho certeza que logo teremos ganho uma batalha contra esse vírus e também seu transmissor, o próprio mosquito, que já vitimaram fatalmente alguns de nossos amados moradores. 

Agora fatos curiosos que podem ou não serem falsos (e são, evidentemente):

- Os cientistas aedes (essas pragas de mosquitos tem cientistas também) estudam uma nova metamorfose para as futuras gerações de ovos e larvas para que consigam se desenvolver também em água salgada. Tudo dentro de um plano de dominação mundial que envolve a utilização dos oceanos. 

- Enquanto isso, empresas de cosméticos aproveitam a nova onda brasileira de infestação e prometem novos produtos destinados a, além de servirem para os cuidados pessoais, também espantarem o mosquito. Em breve teremos novos itens no mercado como o Seda Citronela, Axe Icaridina, Maquiagem Avon Própolis, Lux Complexo B, entre outros produtos.

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As Peripécias de Pedro Góli

Meu nome é Pedro Góli, vai ver é uma dessas brincadeiras do destino. O fato é que eu sou tão foda que continuo me fodendo desde que me conheço por gente e não sei realmente se tem como acabar mais fodido nessa vida, mas sendo eu isso é bem possível.

Hoje vou contar sobre uma das minhas saídas no tempo de faculdade, coisa rápida e sem muita emoção, azar de quem leu até aqui e quiser continuar. Bom, foi numa sexta-feira sei lá quando, provavelmente eu teria provas bimestrais na outra semana, daí a turma saia pra se divertir mesmo. Pessoas normais fariam isso na semana após as provas para comemorar, a gente fazia por que depois repetíamos a dose para ficar choramingando nosso péssimo resultado. Será que isso era devido as festas antes das provas? É um mistério que permanecerá para a eternidade.

Me arrumei como pude, como qualquer cara que mora sozinho na cidade onde estuda, longe dos pais, faria. Peguei a primeira roupa que não cheirava a alguma coisa nojenta no guarda-roupas e vesti. Acho que tinha tomado banho a tarde, nem lembro. A carona chegou e fomos pra festa.

Era churrasco da turma de veterinária, eles sempre faziam os melhores e a gente com as mesmas piadinhas de ter carne de gato e cachorro. Até hoje não sei se tinha, mas era fato que nenhum cão permanecia ileso aos redores da faculdade naqueles tempos. Como todo garoto novo e bobo eu ia nas festas para duas coisas: beber e tentar agarrar a mulher que fosse. Se não arrumava alguém no começo ou no meio da festa o remédio era beber o máximo possível e, quem sabe, agarrar alguém, mesmo que fosse alguém que você jamais iria pegar; se esse alguém estivesse na mesma condição que você. Geralmente funcionava, era fácil perto da hora de ir embora achar uma garota tão bêbada quanto eu.

Mas naquele dia na festa eu exagerei e acabei por ser uma fonte inesgotável de vômitos. E isso foi constante, por que assim que eu expelia uma grade quantidade de cerveja que estava em mim eu imediatamente reabastecia, tornando aquilo um ciclo contínuo e horroroso.

Minha sorte pareceu dar uma guinada na hora de ir embora, o pessoal da carona aumentou e uma bela moça sentou-se comigo no banco traseiro. Eu tava um trapo e ainda vendo o mundo girar, ela também não estava lá essas coisas, mas eu tinha gostado. O ruim é que naquele ponto a bebida já não me deixava extrovertido, eu tava mais caladão e sem jeito de pedir um beijo. Mas criei coragem e fui tentar, mas então eu dei um pisão no pé dela.
Pedi desculpas e voltei a ficar quieto. Ela não entendeu muito bem. Depois de alguns quarteirões eu fui tentar novamente e dei outro pisão no pé dela e pedi desculpas novamente. Acho que repeti a mesma cena duas vezes mais e só lembro dela ter dito que nada tinha acontecido. Bom, como para ela tava tudo bem, na última vez que pisei no pé dela eu fiquei com o meu pé ali até chegar em casa, tinha decidido que se ela não falasse nada sobre isso eu iria tascar um beijo na hora de sair do carro.

Pois é, e foi na hora de sair do carro que eu entendi o motivo dela não querer que eu pedisse desculpas. O que aconteceu é que eu vinha pisando no meu outro pé o tempo inteiro e quase cai na hora de sair do carro. Daí a garota riu da cena e percebi no olhar dela que iria rolar algo, me aproximei e.... vomitei em cima dela. Foi bacana por que ela com nojo vomitou em mim também e fomos todos pra dentro do meu apê nos limpar. Eu deixei ela usando o banheiro da sala e fui pro do meu quarto. Olhei-me no espelho, lembrei das pisadas no meu pé e me pedi desculpas. Pensei em ir dormir sem me limpar, mas então me deu outro enjoo e corri pro vaso, acabei dormindo abraçado com ele.

Na manhã seguinte, tomei um banho e vi que a moça tava dormindo na minha cama, fiquei aliviado por tudo que tinha acontecido e por não ter beijado ela.

Achei ela feia e provavelmente ela deve ter achado o mesmo de mim quando acordou. Mas eu nem ligo, o meu achismo era mais importante.

E foi assim!


FUI-ME!!!