segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

OS 4 TEXTOS!



Ola pessoas!

Mais um fim de ano e pouco tempo pra me dedicar ao que mais gosto, escrever!
Claro que eu gostaria de ser um pouco igual aos grandes escritores que eu tanto admiro, porém percebi que a vida, ao menos esta, não me brindou com dons artísticos, Mesmo assim me esforço, gosto apenas de deixar minhas ideias em algum lugar para, quem sabe, algum dia alguém as aproveite de alguma forma.
Termino este ano com quatro textos, três dos quais gostei muito de escrever e um apenas para divagar num mar de loucuras que eu sempre navego.
Espero que aproveitem, cada um de seu jeito, e também espero que eles sirvam de inspiração para que vocês também comecem a escrever.
Obrigado a todos que me leem e que venha mais um ano cheio de loucuras maravilhosas, na minha mente e nas nossas vidas!




                 OS 4 TEXTOS!




SEGUINDO EXEMPLOS





Somos complexos!
Temos muitas ideias em nossa mente, é um campo vasto, enorme, interminável!
Temos nossos desejos, bons e maus para o bem e para o mal!
Queremos fazer muitas coisas, porém muitas dessas coisas ficam apenas na vontade por que achamos que somos os únicos a querer executá-las.
E aí que mora o perigo, tanto de se guardar algo de ruim como se deixar que uma vontade boa “morra” apenas dentro de cada um de nós.
Acompanho todos os dias as mais variadas notícias pelo mundo e percebo que é muito mais comum do que eu pensava uma série de eventos serem repetidos quando alguém, uma primeira pessoa resolve por em prática algum plano que antes residia somente dentro de sua cabeça, seja por necessidade, seja por puro divertimento, seja por querer ajudar, não importa, algo acaba acontecendo e o que muitos antes achavam ser apenas fruto de uma vontade intimista revela-se algo compartilhado com muitas outras pessoas da sociedade.
Pra ser bem mais claro e objetivo, o que tento dizer aqui é que muitas ideias passam na cabeça das pessoas, e essas ideias permanecem lá, trancadas, até o momento em que essa pessoa percebe que ela não era a única a ter a ta idéia, e isso acontece exatamente por que alguém tem a coragem de tornar essa ideia realidade pela primeira vez e acaba ganhando seguidores. O problema é que esse “exemplo” de ação pode ser algo bom para as pessoas ou muito, muito ruim, afinal como sempre dizemos tem doido pra tudo nesse mundo.
Percebam como um fato que parece isolado sempre acaba criando uma cadeia de “cópias”:
- anos atrás um casal jogou a filha de um apartamento para simular uma morte acidental, logo depois disso outros casos de pais jogando os filhos de apartamentos surgiram rapidamente.
- um pai matou a família inteira por que deixou claro que falhou como provedor para eles, logo depois uma mãe matou todas as filhas e tentou se matar.
- tiroteios sem sentido nos Estados Unidos da América sempre são executados em sequência.
- moda imbecil de fetiche em matar pequenos animais.
- assaltos a consultórios de dentistas colocando-se fogo nas vítimas.
- incendiar moradores de rua.
- ataques homofóbicos.
- filmar e exibir filmes íntimos na internet
E assim poderíamos ter uma lista sem fim.
Parece-me na verdade que algumas pessoas tem vontades verdadeiramente malvadas dentro de si, porém por entender que a sociedade não aceitaria tais ações, elas preferem refrear essas vontades e renegá-las a serem julgadas por colocá-las em prática.
Mas se há a ideia, se há a vontade, haverá então alguém que acabe por externar, colocar em prática o que sente e o que quer fazer.
Então estará criado o exemplo, e exemplos infelizmente são seguidos.
A única coisa otimista em relação a isso é que há os bons exemplos. E eles se multiplicam geralmente com muito mais eficiência que os maus.
São pessoas ajudando pessoas, socorrendo animais, se importando com o meio ambiente, buscando novas soluções para os problemas cotidianos e, às vezes, até mesmo arriscando a própria vida pela vida dos outros. Há o exemplo do amor, do perdão, da solidariedade, da aprendizagem, da amizade, da verdade, da mão estendida e do abraço sincero.
Alguém quer ajudar os moradores de um asilo, mas acha que está sozinho nessa, mas logo vê a noticia de várias pessoas que já fazem isso pela cidade, ele se anima e vai atrás para também ajudar, é uma corrente infinita de boas coisas, de bons exemplos como esse que valem a pena serem seguidos.
Então quando for dar um exemplo, pense muito bem no exemplo que você estará dando, afinal, sempre terá alguém que pensa como você e irá segui-lo! Você também é responsável!


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TEN ADOINSHMENTS





--- Translated by Xu Jingcheng (许景城) Versão português: Fábio BeGi
No1: Had better not to meet, and thus you would not fall in love;
No2;
No3: Had better not be in company, and thus you would not mutually owe;
No4: Had better not cherish, and thus you would not recall;
No5: Had better not fall in love, and thus you would not mutually abandon;
No6: Had better not see face to face, and thus you would not meet;
No7: Had better not hurt, we would not fail to be loyal;
No8: Had better not promise, and thus your love would not continue;
No9: Had better not depend, and thus you would not snuggle;
No10: Had better not encounter, and thus you would not be in reunion.
Albeit, ever to meet is to know! If ever is as such, better not to meet.
Alias! How could I part withyou eternally, thus not in the gyre of endless lovesickness?


1-      Seria melhor não ter lhe conhecido do que ter lhe perdido;
2-       Seria melhor não saber de seus passos do que me afogar no amor em pedaços;
3-      Seria melhor não ter tido sua companhia que ter que enfrentar agora, sozinho, o dia.
4-      Seria melhor não ter tanto lhe valorizado do que saber que nem isso será lembrado.
5-      Seria melhor não ter sido apaixonado para depois ser abandonado;
6-      Seria melhor não ter lhe visto face a face do que agora sorrir em disfarce.
7-      Seria melhor não ter lhe machucado do que agora ser deixado de lado.
8-      Seria melhor, nada ter lhe prometido do que agora nada poder ser cumprido.
9-      Seria melhor não ser tão dependente do que agora ser tão carente;
10-   Seria melhor nunca termos nos reunido do que agora encontrar um castelo ruído;
Embora tudo isso, que com dor eu saiba, seria melhor nunca ter aprendido
Mas ai de mim se nessa vida não tivesse lhe amado, pois fazemos parte um do outro eternamente, mesmo arrependidos!


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 MORAR PERTO DE QUE?






Passeando dia desses pela cidade  observando as residências e suas localizações comecei a viajar na maionese como sempre. Fiquei pensando no que eleva o preço de um imóvel e claro, nem precisa fazer esforço mental para saber a resposta, o local onde se encontra a casa é que faz ela ser mais cara ou mais barata, ainda mais se por perto existirem todas as infra-estruturas necessárias para se levar uma vida agradável e segura, por exemplo, uma casa próxima a um shopping será mais cara do que uma casa que fica próxima a um supermercado, etc..
Mas não foi isso que despertou meu senso de curiosidade e sim em saber do que as pessoas mais gostariam de morar perto se pudessem escolher apenas um tipo de negócio ( não vale shopping), afinal o que seria legal ter em frente, ao lado ou sei lá onde próximo à sua casa? O que seria se você pudesse escolher?
Fiz uma lisa por idades do que imagino que seria legal ter por perto:

3 – 8anos = loja de brinquedos
9 – 14 se menino = campo de futebol ou loja de videogame
9 – 14 se menina = salão de beleza
14 – 17 se menino = qualquer coisa com esportes, videogame, vizinha gostosa
14 – 17 se menina = salão de beleza
17 – 25 se  menino = qualquer balada que encha de mulher
17 – 25 se  menina = qualquer balada que possa ir mostrar o que fez no salão ou salão de beleza.
25 – 35 anos se apaixonados = cinema, parque ou locadora de vídeo.
35 – 45 anos já com filhos = perto da creche, da escola, do cursinho.
45 – 60 anos se homem = zona ou barzinho
45 – 60 anos se mulher = salão de beleza.
60 – 70 anos se homem = zona e farmácia
60 – 70 anos se mulher = bailão da terceira idade e salão de beleza.
70 anos para frente, qualquer gênero = hospital e, se mulher, também o salão de beleza.

Como podemos ver, no caso das mulheres é um pouco mais fácil achar uma casa bem localizada. Para mim? Serve ao lado da academia, do boliche, sorveteria, mas o bom mesmo seria ao lado do Morumbi!


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                NOTÁVEL




Tempos atrás eu trabalhei em uma farmácia que ficava em frente a um supermercado, na verdade ficava no mesmo terreno desse supermercado e lá tínhamos certa quantidade de clientes muito fiéis que sempre voltavam, nos mesmos dias da semana, cada um tinha o seu dia preferido. Todos eles eram muito interessantes em suas maneiras de ser e em termos de conhecimento de vida, afinal a grande maioria já tinha passado dos cinqüenta anos.
Eu passava consideráveis minutos conversando com cada um deles e todas as vezes podia colher lições valiosas sobre tudo o que torna nosso mundo e nossas vidas melhor e mais feliz.
Lembro bem de um senhor cujo nome não me esqueço, e é fácil de saber o porquê, o Seu Antônio, ele vinha todas as sextas, geralmente perto das sete da noite, morava bem perto. Todas as semanas ele entrava ali, ia até o balcão e se apresentava como se fosse a primeira vez que nos falássemos. Contava sempre as mesmas histórias e nunca sabia quais medicamentos tinha que levar para casa. Abria a carteira e mostrava um pedaço de papel com o endereço e telefone de contato.  Ele sofria de Alzheimer e realmente não recordava de ter estado ali dias antes, pedia sempre desculpas por não saber se já tinha ido conversar comigo. Mesmo assim eu ouvia todas as histórias novamente, gostava em particular da história de uma pescaria onde ele dizia ter pescado uma quantidade absurda de peixes, nunca soube se essa parte era invenção de sua mente, mas era ao menos algo que ele não esquecia.
Mas o mais notável senhor que por ali passava era um professor, na verdade mais que um professor, um mestre. Um cidadão honroso de nossa cidade, historiador, escritor e todos os etc... possíveis de um homem com uma mente incrível e apesar de tanto, ainda humilde.
Bom, foi dele que me veio uma das lições mais interessantes que aprendi. 
Eu estava em um daqueles dias tristes que todos nós temos, desanimado e cabisbaixo, praticamente me escorando no balcão, quando entra aquele sujeito de poucos cabelos brancos (todos eram brancos, porém já não tinha tantos), andar pausado e óculos. Ainda distante já dava pra escutar o chamado:
 - Fabinho, como vai você?
Ele sempre me chamava assim.
Naquele dia não tinha muito a responder, falei que estava um tanto descontente com a vida e estava meio perdido por ainda não ter feito nada de grandioso até o momento, mas ele então, com toda a sabedoria que só atingimos com a chegada dos anos, bateu no meu ombro e perguntou:
- Fabinho, então você acha que ainda não fez nada de importante na vida?
- Não.
- E eu? Acha que eu fiz?
- Ah, mas é uma covardia se for comparar tudo o que o senhor já fez até hoje...
- Não, quero dizer, as coisas mais importantes que se podem ser feitas na vida?
- Não sei; ajudar o mundo?
- Quem sabe. Mas é algo maior que você ainda vai fazer. Você conhece a minha filha, não conhece?
- A Sylvianne? Conheço sim.
- O que você acha dela?
- Ela é uma excelente pessoa, correta, conselheira, que fala o que pensa sem dar lição de moral e tem essa segurança toda que eu gostaria de ter. Além de lindos olhos claros, mas esses eu também tenho.  - (sem bajulações, foi exatamente o que eu falei).
- Pois é Fabinho, fui eu que ajudei a fazer!
Nós rimos um pouco e ele continuou:
- Você gosta de alguém conhecido no Brasil inteiro, alguém famoso?
- Ayrton Senna, claro!
- Sabe quem são os pais deles?
- Não, na verdade nunca me interessei em pesquisar.
- Então, sem os pais teria existido o Ayrton? E mesmo assim eles não são tão importantes quanto o próprio filho?
Nossa conversa durou apenas mais alguns minutos, mas já tinha sido mais que o suficiente para me fazer entender que desanimar sem ainda ter andado todo o caminho era típico da juventude.
Ele como sempre tinha razão. Nem sempre seremos nós as pessoas notáveis que passarão por essa Terra, que farão as grandes mudanças ou participarão dos grandes acontecimentos, mas poderão ser nossos filhos que irão fazer toda a diferença, quem sabe até os filhos deles, mas isso só poderá acontecer se nós mostrarmos a eles o melhor caminho e o melhor conselho, além do melhor exemplo, apoio e amor.
Não importa quem serão os notáveis desse mundo, na maioria das vezes nós os conheceremos como nossos pais.
Eu estive hoje no velório desse Notável Senhor, e essa lição me foi passada novamente em minha cabeça, como se ele estivesse me lembrando uma vez mais de erguer a cabeça e sorrir como naquele dia.
Professor Oziel Tavares, obrigado pelas conversas e visitas repentinas. Por mais que você não esteja mais no meio dos homens, seus ensinamentos ficarão conosco para sempre.