Ola pessoas!
Mais um fim de ano e pouco tempo pra me dedicar
ao que mais gosto, escrever!
Claro que eu gostaria de ser um pouco igual aos
grandes escritores que eu tanto admiro, porém percebi que a vida, ao menos esta,
não me brindou com dons artísticos, Mesmo assim me esforço, gosto apenas de
deixar minhas ideias em algum lugar para, quem sabe, algum dia alguém as
aproveite de alguma forma.
Termino este ano com quatro textos, três dos
quais gostei muito de escrever e um apenas para divagar num mar de loucuras que
eu sempre navego.
Espero que aproveitem, cada um de seu jeito, e
também espero que eles sirvam de inspiração para que vocês também comecem a
escrever.
Obrigado a todos que me leem e que venha mais um
ano cheio de loucuras maravilhosas, na minha mente e nas nossas vidas!
OS 4 TEXTOS!
SEGUINDO EXEMPLOS
Somos complexos!
Temos muitas ideias em nossa
mente, é um campo vasto, enorme, interminável!
Temos nossos desejos, bons e maus
para o bem e para o mal!
Queremos fazer muitas coisas,
porém muitas dessas coisas ficam apenas na vontade por que achamos que somos os
únicos a querer executá-las.
E aí que mora o perigo, tanto de
se guardar algo de ruim como se deixar que uma vontade boa “morra” apenas
dentro de cada um de nós.
Acompanho todos os dias as mais
variadas notícias pelo mundo e percebo que é muito mais comum do que eu pensava
uma série de eventos serem repetidos quando alguém, uma primeira pessoa resolve
por em prática algum plano que antes residia somente dentro de sua cabeça, seja
por necessidade, seja por puro divertimento, seja por querer ajudar, não
importa, algo acaba acontecendo e o que muitos antes achavam ser apenas fruto
de uma vontade intimista revela-se algo compartilhado com muitas outras pessoas
da sociedade.
Pra ser bem mais claro e
objetivo, o que tento dizer aqui é que muitas ideias passam na cabeça das
pessoas, e essas ideias permanecem lá, trancadas, até o momento em que essa
pessoa percebe que ela não era a única a ter a ta idéia, e isso acontece
exatamente por que alguém tem a coragem de tornar essa ideia realidade pela
primeira vez e acaba ganhando seguidores. O problema é que esse “exemplo” de
ação pode ser algo bom para as pessoas ou muito, muito ruim, afinal como sempre
dizemos tem doido pra tudo nesse mundo.
Percebam como um fato que parece
isolado sempre acaba criando uma cadeia de “cópias”:
- anos atrás um casal jogou a
filha de um apartamento para simular uma morte acidental, logo depois disso
outros casos de pais jogando os filhos de apartamentos surgiram rapidamente.
- um pai matou a família inteira
por que deixou claro que falhou como provedor para eles, logo depois uma mãe
matou todas as filhas e tentou se matar.
- tiroteios sem sentido nos
Estados Unidos da América sempre são executados em sequência.
- moda imbecil de fetiche em
matar pequenos animais.
- assaltos a consultórios de
dentistas colocando-se fogo nas vítimas.
- incendiar moradores de rua.
- ataques homofóbicos.
- filmar e exibir filmes íntimos
na internet
E assim poderíamos ter uma lista
sem fim.
Parece-me na verdade que algumas
pessoas tem vontades verdadeiramente malvadas dentro de si, porém por entender
que a sociedade não aceitaria tais ações, elas preferem refrear essas vontades
e renegá-las a serem julgadas por colocá-las em prática.
Mas se há a ideia, se há a
vontade, haverá então alguém que acabe por externar, colocar em prática o que
sente e o que quer fazer.
Então estará criado o exemplo, e
exemplos infelizmente são seguidos.
A única coisa otimista em relação
a isso é que há os bons exemplos. E eles se multiplicam geralmente com muito
mais eficiência que os maus.
São pessoas ajudando pessoas,
socorrendo animais, se importando com o meio ambiente, buscando novas soluções
para os problemas cotidianos e, às vezes, até mesmo arriscando a própria vida
pela vida dos outros. Há o exemplo do amor, do perdão, da solidariedade, da aprendizagem,
da amizade, da verdade, da mão estendida e do abraço sincero.
Alguém quer ajudar os moradores
de um asilo, mas acha que está sozinho nessa, mas logo vê a noticia de várias
pessoas que já fazem isso pela cidade, ele se anima e vai atrás para também
ajudar, é uma corrente infinita de boas coisas, de bons exemplos como esse que
valem a pena serem seguidos.
Então quando for dar um exemplo,
pense muito bem no exemplo que você estará dando, afinal, sempre terá alguém
que pensa como você e irá segui-lo! Você também é responsável!
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TEN ADOINSHMENTS
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Translated by Xu Jingcheng (许景城) Versão português: Fábio BeGi
No1: Had
better not to meet, and thus you would not fall in love;
No2;
No3: Had
better not be in company, and thus you would not mutually owe;
No4: Had
better not cherish, and thus you would not recall;
No5: Had
better not fall in love, and thus you would not mutually abandon;
No6: Had
better not see face to face, and thus you would not meet;
No7: Had
better not hurt, we would not fail to be loyal;
No8: Had
better not promise, and thus your love would not continue;
No9: Had
better not depend, and thus you would not snuggle;
No10: Had
better not encounter, and thus you would not be in reunion.
Albeit,
ever to meet is to know! If ever is as such, better not to meet.
Alias! How
could I part withyou eternally, thus not in the gyre of endless lovesickness?
1- Seria
melhor não ter lhe conhecido do que ter lhe perdido;
2- Seria melhor não saber de seus passos do que
me afogar no amor em pedaços;
3- Seria
melhor não ter tido sua companhia que ter que enfrentar agora, sozinho, o dia.
4- Seria
melhor não ter tanto lhe valorizado do que saber que nem isso será lembrado.
5- Seria
melhor não ter sido apaixonado para depois ser abandonado;
6- Seria
melhor não ter lhe visto face a face do que agora sorrir em disfarce.
7- Seria
melhor não ter lhe machucado do que agora ser deixado de lado.
8- Seria
melhor, nada ter lhe prometido do que agora nada poder ser cumprido.
9- Seria
melhor não ser tão dependente do que agora ser tão carente;
10- Seria melhor nunca termos nos reunido do que
agora encontrar um castelo ruído;
Embora tudo isso, que com dor eu
saiba, seria melhor nunca ter aprendido
Mas ai de mim se nessa vida não
tivesse lhe amado, pois fazemos parte um do outro eternamente, mesmo
arrependidos!
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MORAR PERTO DE QUE?
Passeando dia desses pela
cidade observando as residências e suas
localizações comecei a viajar na maionese como sempre. Fiquei pensando no que
eleva o preço de um imóvel e claro, nem precisa fazer esforço mental para saber
a resposta, o local onde se encontra a casa é que faz ela ser mais cara ou mais
barata, ainda mais se por perto existirem todas as infra-estruturas necessárias
para se levar uma vida agradável e segura, por exemplo, uma casa próxima a um
shopping será mais cara do que uma casa que fica próxima a um supermercado,
etc..
Mas não foi isso que despertou
meu senso de curiosidade e sim em saber do que as pessoas mais gostariam de
morar perto se pudessem escolher apenas um tipo de negócio ( não vale
shopping), afinal o que seria legal ter em frente, ao lado ou sei lá onde
próximo à sua casa? O que seria se você pudesse escolher?
Fiz uma lisa por idades do que
imagino que seria legal ter por perto:
3 – 8anos = loja de brinquedos
9 – 14 se menino = campo de
futebol ou loja de videogame
9 – 14 se menina = salão de
beleza
14 – 17 se menino = qualquer
coisa com esportes, videogame, vizinha gostosa
14 – 17 se menina = salão de
beleza
17 – 25 se menino = qualquer balada que encha de mulher
17 – 25 se menina = qualquer balada que possa ir mostrar
o que fez no salão ou salão de beleza.
25 – 35 anos se apaixonados =
cinema, parque ou locadora de vídeo.
35 – 45 anos já com filhos =
perto da creche, da escola, do cursinho.
45 – 60 anos se homem = zona ou
barzinho
45 – 60 anos se mulher = salão de
beleza.
60 – 70 anos se homem = zona e
farmácia
60 – 70 anos se mulher = bailão
da terceira idade e salão de beleza.
70 anos para frente, qualquer
gênero = hospital e, se mulher, também o salão de beleza.
Como podemos ver, no caso das
mulheres é um pouco mais fácil achar uma casa bem localizada. Para mim? Serve
ao lado da academia, do boliche, sorveteria, mas o bom mesmo seria ao lado do
Morumbi!
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NOTÁVEL
Tempos atrás eu trabalhei em uma
farmácia que ficava em frente a um supermercado, na verdade ficava no mesmo terreno
desse supermercado e lá tínhamos certa quantidade de clientes muito fiéis que
sempre voltavam, nos mesmos dias da semana, cada um tinha o seu dia preferido.
Todos eles eram muito interessantes em suas maneiras de ser e em termos de
conhecimento de vida, afinal a grande maioria já tinha passado dos cinqüenta
anos.
Eu passava consideráveis minutos
conversando com cada um deles e todas as vezes podia colher lições valiosas sobre
tudo o que torna nosso mundo e nossas vidas melhor e mais feliz.
Lembro bem de um senhor cujo nome
não me esqueço, e é fácil de saber o porquê, o Seu Antônio, ele vinha todas as
sextas, geralmente perto das sete da noite, morava bem perto. Todas as semanas
ele entrava ali, ia até o balcão e se apresentava como se fosse a primeira vez
que nos falássemos. Contava sempre as mesmas histórias e nunca sabia quais
medicamentos tinha que levar para casa. Abria a carteira e mostrava um pedaço
de papel com o endereço e telefone de contato.
Ele sofria de Alzheimer e realmente não recordava de ter estado ali dias
antes, pedia sempre desculpas por não saber se já tinha ido conversar comigo.
Mesmo assim eu ouvia todas as histórias novamente, gostava em particular da
história de uma pescaria onde ele dizia ter pescado uma quantidade absurda de
peixes, nunca soube se essa parte era invenção de sua mente, mas era ao menos
algo que ele não esquecia.
Mas o mais notável senhor que por
ali passava era um professor, na verdade mais que um professor, um mestre. Um
cidadão honroso de nossa cidade, historiador, escritor e todos os etc...
possíveis de um homem com uma mente incrível e apesar de tanto, ainda humilde.
Bom, foi dele que me veio uma das
lições mais interessantes que aprendi.
Eu estava em um daqueles dias
tristes que todos nós temos, desanimado e cabisbaixo, praticamente me escorando
no balcão, quando entra aquele sujeito de poucos cabelos brancos (todos eram
brancos, porém já não tinha tantos), andar pausado e óculos. Ainda distante já
dava pra escutar o chamado:
- Fabinho, como vai você?
Ele sempre me chamava assim.
Naquele dia não tinha muito a
responder, falei que estava um tanto descontente com a vida e estava meio
perdido por ainda não ter feito nada de grandioso até o momento, mas ele então,
com toda a sabedoria que só atingimos com a chegada dos anos, bateu no meu
ombro e perguntou:
- Fabinho, então você acha que
ainda não fez nada de importante na vida?
- Não.
- E eu? Acha que eu fiz?
- Ah, mas é uma covardia se for
comparar tudo o que o senhor já fez até hoje...
- Não, quero dizer, as coisas
mais importantes que se podem ser feitas na vida?
- Não sei; ajudar o mundo?
- Quem sabe. Mas é algo maior que
você ainda vai fazer. Você conhece a minha filha, não conhece?
- A Sylvianne? Conheço sim.
- O que você acha dela?
- Ela é uma excelente pessoa,
correta, conselheira, que fala o que pensa sem dar lição de moral e tem essa
segurança toda que eu gostaria de ter. Além de lindos olhos claros, mas esses
eu também tenho. - (sem bajulações, foi exatamente
o que eu falei).
- Pois é Fabinho, fui eu que
ajudei a fazer!
Nós rimos um pouco e ele
continuou:
- Você gosta de alguém conhecido
no Brasil inteiro, alguém famoso?
- Ayrton Senna, claro!
- Sabe quem são os pais deles?
- Não, na verdade nunca me
interessei em pesquisar.
- Então, sem os pais teria
existido o Ayrton? E mesmo assim eles não são tão importantes quanto o próprio
filho?
Nossa conversa durou apenas mais
alguns minutos, mas já tinha sido mais que o suficiente para me fazer entender
que desanimar sem ainda ter andado todo o caminho era típico da juventude.
Ele como sempre tinha razão. Nem
sempre seremos nós as pessoas notáveis que passarão por essa Terra, que farão
as grandes mudanças ou participarão dos grandes acontecimentos, mas poderão ser
nossos filhos que irão fazer toda a diferença, quem sabe até os filhos deles,
mas isso só poderá acontecer se nós mostrarmos a eles o melhor caminho e o
melhor conselho, além do melhor exemplo, apoio e amor.
Não importa quem serão os
notáveis desse mundo, na maioria das vezes nós os conheceremos como nossos
pais.
Eu estive hoje no velório desse
Notável Senhor, e essa lição me foi passada novamente em minha cabeça, como se
ele estivesse me lembrando uma vez mais de erguer a cabeça e sorrir como
naquele dia.
Professor Oziel Tavares, obrigado
pelas conversas e visitas repentinas. Por mais que você não esteja mais no meio
dos homens, seus ensinamentos ficarão conosco para sempre.
Li com sorriso nos lábios, meu amigo! Como sempre idéias simples que você é capaz de dar brilho. Ah, e o livro?? Abraço!
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