sexta-feira, 14 de abril de 2017

HÁ MALES....

Olá pessoas!

Fiquei um tempo sem aparecer, pois há novos projetos em que estou trabalhando para ver se em algum eu consigo atingir um maior número de pessoas.

Para isso, passarei a postar textos únicos por aqui e com uma frequência um pouco maior.

Divirtam-se com a primeira postagem dessa nova ssafra!


             A SABEDORIA DA CORUJA


Um paciente que sofre da síndrome de Korsakoff (perda de memória recente) vai se consultar com seu neurologista costumeiro. Porém o que nenhum dos dois sabe é que o Dr. Hasennberg, o neurologista, também passou a sofrer da mesma síndrome recentemente.

O paciente entra no consultório:

- Bom dia Doutor.

- Bom dia, senhor?

- Williams, meu nome é Willimas. Sou seu paciente desde... Me esqueci.

- E como você sabe que eu sou seu médico?

- Sei que é médico por que está escrito no seu jaleco.

- Oh, é mesmo. Aqui está. Dr. Hasennberg. Eu mesmo!

- Pois é Doutor, eu vim aqui para ver se melhorei da minha... Como é mesmo? Eu não lembro o que eu tinha.

- Não se preocupe senhor... Seu nome?

- Williams.

- Isso mesmo. Veja, eu tenho os arquivos aqui nessa gaveta debaixo da escrivaninha. Deixe-me encontrar a sua ficha. Só um segundo.

- Tudo bem.

O Dr. Hasennberg abaixa para procurar o arquivo e quando levanta a cabeça novamente, vê o paciente bem à sua frente.

- Olá. Em que posso ajuda-lo?

- Olá. Eu vim aqui procurar alguém que está me tratando, mas não sei se é você doutor.

- Mas como sabe que eu sou médico?

- Por que está escrito no seu jaleco.

- Oh. É mesmo! Aqui está, bem no bolso, Dr. Hasennberg. Por um momento achei que eu fosse professor. Mas o senhor se chama?

- Meu nome é... Eu não lembro do meu nome.

-Tem algum documento com você;

- Boa ideia. Devo ter aqui na carteira.

Williams pega a carteira, enquanto o Dr. Hasennberg se distrai olhando para a janela do consultório. O paciente olha a carteira, vê seu nome, guarda tudo e volta a falar com o médico.

- Pronto, meu nome é Williams.

- Olá Williams, em que posso ajuda-lo?

- Eu não sei Dr. Hasennberg. Não lembro  nem  o motivo de ter entrado nesta sala.
- Quem é Hasennberg?

- Você, eu suponho. É o que está escrito no seu jaleco.

- Oh. É verdade. Está bem aqui, Dr. Hasennberg. Mas eu sou doutor de que?

- Eu não sei.

- Me diga seu nome, talvez eu lembre de você e assim saiba o que nós dois fazemos aqui.

- Meu nome é... Puxa vida, esqueci meu nome.

- Nome de quem?

- O meu, você perguntou.

- Perguntei? E o meu nome, você sabe?

- Eu acho que é esse que está escrito no seu jaleco.

- Oh. É verdade. Dr. Hasennberg. Mas doutor de que? Afinal onde estamos?

- Eu não sei. Parece um consultório.

- Tem razão. Deve ter algum médico por aqui. Acho que deveríamos sair e encontrar alguém para pedirmos orientações.

- Orientações sobre o que?

- Sobre o que fazemos aqui.  O que você me diz, senhor... Qual é o seu nome?

- Meu nome, eu não lembro do meu nome Dr. Hasennberg.

- Dr. Hasennberg, mas por que você acha que eu sou doutor?

- É o que está escrito no seu jaleco.

E assim eles ficaram por cerca de uma hora, uma longa hora, até que finalmente saíram do consultório e foram até o refeitório tomar uma xícara de chá, onde naturalmente acabaram pedindo café.

Sabedoria: Nunca tente tratar de seus problemas com alguém que sofre do mesmo mal que você!

P.S. Caso não tenha ficado claro, não tente pedir opinião às pessoas que estão passando pelo mesmo que você está passando. Geralmente as únicas coisas que se conseguem são péssimas soluções e ambos acabam perdidos!


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

POR QUE SOU CONTRA: ABORTO.

Olá pessoas!

Hoje um tema que vem sendo muito explorado pelos movimentos feministas crescentes: o direito ao aborto, mais especificamente o motivo pelo qual sou contra a realização do mesmo, e olha que já fui a favor a décadas atrás.
Fora isso, mais um pouco de histórias que vagam pela minha mente e logo em breve mais delas estarão por aqui.
Para quem ler, espero poder colocar um ponto de vista sobre um assunto ainda polêmico e também divertir um pouco com as demais leituras.


POR QUE SOU CONTRA O ABORTO

Em tempos que grupos feministas discutem cada vez mais o direito a fazer de seu corpo o que bem entenderem e colocam a questão de que abortar seria um direito de domínio sobre o próprio corpo é necessário não apenas dizer que é contra, mas também fundamentar essa decisão.

Vejamos, antes dos fatos a serem expostos, o que diz a nossa garantista Constituição Federal: art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida ...

Ainda, sobre os tratados adotados pela nossa Constituição: Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos de 1966; Artigo 6 =  O direito à vida é inerente à pessoa humana. Este direito deverá ser protegido pela lei. Ninguém poderá ser arbitrariamente privado da vida.

Por fim, o código civil: Art. 2 - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

Conforme bem visto e sabido, o direito à vida é um princípio fundamental.

Pois bem, há uma grande diferença em querer dizer a alguém o que ela pode ou não fazer com o próprio corpo e proteger um corpo que não é o da pessoa, apesar de se desenvolver dentro dela. Ora, a vida a ser gerada precisa da mãe, pois se Deus ou a natureza (para os que não veem viés religioso algum no mundo) assim achou necessário, há de se ter óbvios motivos. Esses óbvios motivos para mim é, do lado religioso, todo o amor e afeto que a mãe sempre terá pelos seus filhos, amor incomparável a qualquer outro tipo de amor e, pelo lado natural, da própria sobrevivência da espécie, pois se os seres se desenvolvessem fora do corpo da mãe, essas não teriam por que proteger a própria espécie dos perigos naturais e, de fato, muitas raças, animais e humanos, estariam condenadas à extinção (e nem venha me falar sobre organismos que não se desenvolvem dentro de outros e ainda existem na Terra, pois em geral esses seres se multipicam em quantidades absurdas, enquanto os mamíferos tem tempos maiores de gestação e números bem mais limitados de fetos por gestação se compararmos por exemplo aos insetos e outros seres vivos).

Agora podemos excluir da nossa conversa o viés religioso (em parte), para a alegria dos laicos que confundem o sentido da palavra laicidade, mas isso é assunto para outra hora. Não é necessário realmente se apegar aos desígnios espirituais para mostrar que ser a favor do aborto é uma ladainha insustentável nos dias atuais. Vejamos simples e claros motivos para tanto:

1-    As mulheres libertárias ou progressistas afirmam que o corpo é delas e as regras também são delas, muito bem, parece ser justo. Mas elas esquecem, convenientemente que parte do corpo que se desenvolve dentro de seu útero vem de outra pessoa, no caso o pai, e a formação do feto só ocorre com a união dos gametas masculino e feminino, sendo assim, biologicamente falando, o corpo que está em desenvolvimento não é apenas uma parte sua, mas a união de duas amostras genéticas diferentes que irão formar um ser humano único em todos os aspectos. Assim, o útero é seu, parabéns, mas o novo corpo ali formado pertence ao indivíduo que poderá vir a nascer, assim como o seu corpo apenas pertence a você por que você teve essa mesma oportunidade.

2-    Se as mulheres afirmarem que não se pode saber quando a alma se une ao corpo físico ou ainda, por em nada crerem, que somos apenas matéria, logo teríamos dois impasses terríveis de se resolver, pois por não sabermos sobre o momento de incorporação da alma/espírito, correríamos um enorme risco de cometermos um enorme pecado desde o início da gestação e se o fato for a negação dessa crença, logo, a vida já existe desde a concepção, pois se não existe alma/espírito, a simples união dos gametas já é vida em si, logo, terminar a gestação seria sim assassinato.

3-    Mesmo se considerarmos que os direitos a se fazer o que bem entender com o corpo seja o certo nesse caso, muitas mães acabariam sendo barradas nesse direito de decidir, uma vez que o poder de decisão sobre muitos aspectos dessa liberdade só pode ser feito na maioridade, então menores de 18 anos que engravidassem, mesmo que quisessem, apenas poderiam abortar com o consentimento dos pais ou responsáveis, tal qual acontece quando se quer fazer uma inocente tatuagem ou ir a uma festa depois de certo horário.

4-     Não se pode confundir a liberdade sexual conquistada à duras penas pelas mulheres com o direito a fazer o que se quiser quando quiser. Há muitas maneiras de se evitar uma gravidez hoje em dia: começamos com as tabelinhas, passamos para os preservativos rudimentares aos mais tecnológicos de hoje, aos anticoncepcionais orais, DIU, etc., e até mesmo aos contraceptivos de emergência caso tudo mais pareça ser uma limitação da liberdade pessoa na hora do prazer, e esses últimos se ingeridos no tempo hábil tem uma eficácia impressionante. Porém não irei comentar a bomba de hormônios que isso de fato é. O importante é saber que, tendo o conhecimento de tantas maneiras de se evitar algo indesejado, não há desculpa que cole, nem mesmo o famoso “aconteceu”, por que só acontece quando você quer que aconteça.
5-    Como uma última razão, para não haver alongamentos sobre o assunto, há casos previstos no nosso código penal em que a gravidez pode ser interrompida, pois coisas ruins podem acontecer a qualquer momento na vida de todos nós. Temos então o entendimento, segundo o citado código:  Art 128– “Não se pune aborto praticado por médico: I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante; II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal”, isso fora a recente decisão do Supremo Tribunal Federal sobre os fetos anencéfalos.

Tendo tantos entendimentos sido explanados, mesmo de forma rápida, é mais compreensível entender que querer ter direito ao aborto é querer, hoje, tirar a responsabilidade pelos atos praticados sem a devida responsabilidade. Aí virão as velhas desculpas: Mas meu marido não gosta de preservativo – Opa; temos os contraceptivos diários e de emergência. Mas tem famílias pobres que não tem como comprar preservativos – Opa, por incrível que pareça o SUS distribui preservativos gratuitamente e em boa quantidade. Mas tem mulheres na África que não tem acesso a esses conhecimentos ou tecnologia – Opa, e não seria mais humano você lutar para que esse conhecimento e tecnologia fosse disponibilizado para elas ao invés de achar que pedindo que elas abortem resolveria todos os problemas? Mas eu tava bêbada e não sabia o que fazia – Opa, muitos motoristas ceifam vidas dessa mesma maneira e se não cabe a analogia, não tem problema, a não ser que você tenha sido abusada, o que configuraria o estupro e poderia fazer o aborto, voltamos aos contraceptivos.

Enfim, ser a favor do aborto apenas pelo motivo da mulher querer transar sem proteção com seu parceiro, não querer tomar anticoncepcionais ou sequer fazer seus próprios cálculos sobre dias férteis é de uma incompreensibilidade que só encontramos nos dias atuais. Ainda se fossem nos idos do passado, poderíamos dar um desconto, porém nos tempos modernos mulher decidida sabe muito bem o que fazer, quando quer fazer e todas as opções que tem para não se incomodar com uma indesejável gravidez. Agora, se você ficou presa numa ilha deserta com um homem e sem nenhuma destas opções disponíveis, talvez eu entenda a sua justificativa.

E não custa sempre lembrar, sempre e sendo repetitivo: se hoje essas mulheres tem essa capacidade toda de poder lutar por tantos direitos, é por que lá atrás as mães delas lhe deram o direito de nascer!  










TINDER

Até hoje não sei se o aplicativo Tinder é para pessoas que buscam por sexo ou namoros sérios, mas eu também não sei se as pessoas, na maioria das vezes, querem apenas sexo ou torcem muito para encontrarem o amor de suas vidas.

A cada X que eu aperto, sinto como se tivesse deixando passar a pessoa certa para minha existência, tudo isso por que julgo rapidamente pela imagem que vejo e as poucas descrições dadas nas palavras abaixo e alguns nem isso fazem.

No fim, é um sistema mais interessante de ficar dispensando pessoas sem nem mesmo ter entrado em contato com elas para ver se poderia “dar liga” e também um tipo de joguinho do: será que vai combinar? Tudo isso para depois ninguém conversar direito e se “descombinarem”. Mais tecnologia, mais rapidez nos relacionamentos, mais pessoas descartáveis. Já parou para pensar, você que usa esse aplicativo, quantas pessoas simplesmente ignoram você? E olha que somos pessoas muito interessantes pessoalmente, nada que uma foto ou breves palavras possam de fato condizer com a realidade.

Já me falaram algumas vezes que as pessoas geralmente são 20% mais bonitas que as fotos sem efeitos que colocam nas redes sociais, lembrem-se disso: das fotos sem efeitos. E evitar banalidades como: não falo com que não gosta disso ou daquilo ajuda bastante, até mesmo por que o fato de alguém torcer pelo time rival não significa que esse alguém não seja, no final, a pessoa certa pra você.

E eu falei tudo isso para que? Apenas para dar ensejo ao que acho mais interessante no Tinder, que são as frases que a galera mais gosta de colocar em seus perfis. Pelo menos aqui vai algumas das que mais vejo ou mais inusitadas me pareceram, são elas:

- Procurando alguém que me faça desinstalar esse app. (talvez a mais usada)

- Em busca de alguém que me foda mais na cama do que o coração. (pode variar um pouco).

- Algum poema, principalmente da Lispector.

- Frase de música sertaneja ou pagode.

- Não me importo com seu carro importado ou suas viajens, etc.

- Quem se descreve se limita (e variações).

- A princípio apenas amizades.

- Se quer apenas putaria aperte X (vivo apertando e até agora não achei a putaria).

- Dê match apenas se realmente tiver interesse. (no caso de ser profissional de uma certa área. Digamos, sexual).

Entre tantas outras, acredito que essas são facinhas de encontrar. Não que falte criatividade. Acho mesmo que as pessoas querem ser diretas ou passar algum pensamento mais profundo sobre suas personalidades, tudo isso dependendo do que elas buscam ali. O meu perfil é uma merda, mas eu continuo tentando, afinal já vi relacionamentos nascerem do meio virtual. Vai que dá certo pra mim também. E uma última dica: pelos estudos realizados as fotos de mulheres que mais atraem os homens são quando elas estão sorrindo e as fotos dos homens que mais atraem as mulheres são quando eles fazem cara de eu me acho superior. Não sei por que, mas já fizeram esse tipo de teste. Então mulheres, sorriam mais e vocês homens façam cara de quem acabou de ganhar uma discussão contra uma mulher (não tem nada mais extraordinário que conseguir fazer isso).





HISTORIETAS

HOJE:  CAUSOS DE MAURO E JAIRO, O INVEJOSO

Mauro e Jairo são vizinhos de longa data, praticamente nem um e nem outro irão lembrar com exatidão o tempo correto de convivência próxima. Nunca foram de picuinhas ou discussões. Sempre se entenderam muito bem, até por que tinham gostos bem parecidos, às vezes parecidos demais pelas observações de Mauro.

Mauro começou a perceber que Jairo gostava das mesmas coisas que ele quando algumas coincidências surgiram. A primeira delas foi quando decidiu pintar a casa de amarelo com detalhes em azul e na semana seguinte viu que Jairo havia pintado a casa dele de azul com detalhes em amarelo.

A segunda vez que percebeu o quanto se identificavam nos gostos, foi ao arrumar uma namorada. Ele, assim como Jairo, era viúvo, porém o vizinho sempre dissera que não queria arrumar nenhuma outra mulher para compartilhar a vida. Pois bem, Mauro começou a namorar Júlia, uma senhora ruiva natural com os cabelos levemente esbranquiçados. Na semana seguinte Jairo começou a namorar Juliana, uma senhora de cabelos grisalhos com mechas ruivas.

A terceira observação de Mauro foi quando ele comprou um novo carro, uma SUV, já sabendo que seu vizinho sempre teve sedãs e eis que, na semana seguinte, Jairo vendeu seu sedã e comprou também uma SUV, da mesma cor e modelo da de Mauro.

Na quarta vez, combinaram de ir ao casamento de um colega em comum e Mauro falou da vontade de ir vestido em um terno preto com uma camiseta cinza e uma gravata listrada em vermelho e azul. Jairo apareceu no casamento com um terno cinza, camiseta preta e uma gravata xadrez em vermelho e azul.

Um pouco incomodado com a estranha situação, Mauro resolveu bater um papo mais direto com Jairo:

- Sabe vizinho, venho observando que você tem feito algumas coisas parecidas com as minhas e ando meio preocupado com isso, quero dizer, preocupação besta eu sei, mas achei meio estranho.

- Como assim Mauro?

- Veja bem, eu pintei minha casa e aí você pintou a sua com as mesmas cores. Depois eu passei a namorar e você logo em seguida também arrumou uma namorada com nome bem parecido da minha e você sempre disse que não ia mais namorar. Depois comprei um carro e você comprou o mesmo carro. Daí no casamento....

- Peraí, calma lá. Tá achando que eu to copiando você vizinho? Quanta bobagem! Ora essa, isso tudo não passa de coincidência e depois as coisas nem são tão parecidas assim. Você pintou sua casa de amarelo com azul e eu de azul com amarelo. Minha namorada é morena de olhos castanhos e a sua é branca de olhos verdes, o carro eu confesso que gostei do seu e comprei igual, e no casamento, bem, coincidências, nada mais que coincidências. Deixa de ser desconfiado homi!

- Vai ver você tem razão. Acho que to vendo chifre em cabeça de cavalo mesmo. Você me desculpe, é que eu fiquei meio ressabido de tanta coisa parecida que achei que você tava me imitando em tudo o que eu fazia.

- Tudo bem, meu amigo e vizinho. Mas vamo fazê o seguinte, a próxima coisa que você fizer, vai ver que eu não farei igual, prometo. Daí você para de desconfiança. Se você tomar café, eu tomo chá. Se você assistir Tv eu leio um livro.

- Nem precisa disso cumpadi. Mas obrigado por tirar essa dúvida besta de dentro da minha cabeça.

- Vizinhos servem para se ajudar e além do mais somos praticamente como irmãos.

Depois da conversa franca, Mauro ficou aliviado e de fato sentiu-se um pouco idiota pela desconfiança que teve de Jairo, ora essa, as coisas realmente se pareciam muito, mas de fato não eram absolutamente iguais, a não ser pelo carro. Então Mauro decidiu que uma coisa certa a se fazer para deixar de bobeira seria vender o carro e comprar um de outro modelo ou pelo menos de outra cor. Com tudo decidido, foi até uma gráfica e comprou um adesivo bem grande para por no vidro traseiro do veículo onde lia-se: VENDO.

Jairo então viu o que o vizinho fez e na semana seguinte algo inusitado aconteceu (mais uma vez) que fez Mauro voltar a ficar encucado: ao sair de manhã para dar uma volta com seu labrador branco, encontrou o vizinho passeando com um labrador preto e observou que Jairo também tinha colocado um adesivo no vidro traseiro de seu carro onde lia-se: OLHANDO!

Coincidências, nada mais que coincidências!

FUI-ME!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

LEI ROU-O-QUE?

Olá pessoas!

Muito texto, às vezes interessante, outras vezes nem tanto, mas sempre escrevendo e externando o pensamento. Desta vez um pouco sobre o que penso da tão famosa lei de incentivo à cultura, uma viajem sobre o tempo, um pouco de sabedoria e mais do meu personagem Pedro Góli. A quem ler, ma boa viagem!









            Lei Rou-O-Que







 Não quero aqui discutir a importância ou não em se ter um ministério da cultura, há países que tem e não sabem o que fazer direito com ele (nosso caso) e países que não tem e que se viram muito bem sem ele (u.s.a). O ponto é discutir se a tal lei de isenção fiscal para empresas que colocarem esses valores em projeto culturais deveriam antes passar por aprovação de tal ministério. 

Vivemos; como todos gostam de falar e todos já ouviram falar, em um país plural em todas as áreas, cultura então é o que mais temos, de diferentes formas, espalhada pelo vasto território nacional e cada região do nosso Brasil dá maior importância às suas próprias raízes culturais. Por exemplo, é mais comum a festa do boi ser de grande relevância a uma cidade do norte brasileiro que o fandango, dançado mais ao sul. Exceção feita, claro, ao carnaval que é festejado em todas as áreas federativas; festa que atrai turistas não só para um Estado, mas para todos, guardadas as suas devidas proporções.

Sendo assim, não seria muito mais interessante que se estabelecessem valores máximos de abatimentos em impostos para todas as empresas no território nacional que poderiam decidir sozinhas onde colocariam esse dinheiro (devidamente comprovado depois), e em que projeto cultural deveriam investir, levando em conta onde estas empresas estão localizadas e a que cultura mais são simpáticas? Não seria melhor que projetos absurdos sendo mandados ao ministério para que esse aprove ou desaprove?

 Afinal de contas, uma empresa de porte nacional, digamos assim uma produtora de bebidas, certamente investiria nas mais diversas áreas culturais da nossa terra, enquanto as empresas regionais, como redes de supermercados, prefeririam enaltecer a cultura de seu Estado ou região do Estado.

Penso que dessa forma sairíamos todos ganhando, não apenas com artistas renomados (e muitas vezes com condições de bancar seus empreendimentos artísticos por conta própria) adquirindo o benefício, mas também os pequenos produtores de cultura local que, com um bom incentivo poderiam mostrar quão diversificada é a nossa cultura, podendo esses também alçarem seus nomes para o reconhecimento nacional e quem sabe até mesmo internacional.

O que falta para o Brasil não são boas ideias, mas sim como colocá-las em prática de forma que favoreçam a todos sem distinção. 





PAUSA---------------------

 CONSIDERAÇÃO SOBRE O TEMPO

Segundo o que diz a Teoria da Relatividade de Einstein, e aqui eu uso uma forma bem simples e talvez um pouquinho adaptada, o tempo basicamente não existe. Seria como se o presente, o passado e o futuro estivessem coexistindo ao mesmo tempo, ou seja, como se tudo o que você já fez, está fazendo ou fará, todas essas possibilidades já estão condensados num único período de espaço.

E pensando sobre isso cheguei a um pequeno exemplo de como o tempo, assim como tudo na nossa existência perceptível, é relativo. Vejam vocês como fica interessante esse exemplo, mas já digo para deixarem a imaginação tomar um pouco a conta de seus pensamentos: Vamos nos comparar a uma pessoa que viva no Japão, pois bem, nesse exato momento essa pessoa em relação a qualquer um de nós no Brasil estará perto de 12 horas no futuro (fuso horário) e consequentemente nós estaremos a 12 horas no passado para essa pessoa.

Logo, quem está do outro lado do mundo está vivendo o futuro desse mesmo dia enquanto estamos ainda no passado desse dia e ainda assim todos nós estamos vivendo no presente!

Louco, não é? Agora continuem esse exercício pensando em como é viajar daqui para lá de avião ou voltar de lá para cá. Maior confusão de dias e horários, mas também muito interessante.

Essa foi apenas uma forma de demonstrar que o tempo não segue uma linha tão linear como nós gostamos de traçar para ele e lembro aqui que o tempo também é uma percepção que nós fazemos de um fenômeno, assim como todas as coisas que gostamos de nomear, medir, inventar, teorizar e por aí vai.                                                                                                                                                                                                                                                                         -----FIM DA PAUSA 









 A SABEDORIA DA CORUJA


João mantinha um bom casamento, assim ele pensava. Mas passados dois anos, acabou descobrindo que a esposa o tinha traído. A briga foi feia e ele pediu para que ela saísse de casa, mas ela suplicou para que lhe desse mais uma chance. Sem saber o que fazer, João foi procurar seu avô, Antonio, homem bem vivido e experiente, muito mais velho evidentemente.

Seu Antonio analisou o caso e falou para João dar nova chance para a esposa. E assim ele fez e assim, novamente, a esposa o traiu. Nova briga, dessa vez ele a deportou da residência sem dó. Nos dias seguintes recebeu diversos telefonemas da mulher arrependida do que tornara a fazer e pedindo perdão.

Sem saber o que fazer, João desta vez foi recorrer a uma velha cigana que morava perto de sua casa, podia ver o futuro, diziam os vizinhos e amigos. Lá ele foi e a velha cigana com aparência de mil anos nem precisou olhar a mão de João, rogou toda a experiência de seu milênio na Terra e disse para ele que se era a segunda vez que ela pedia uma chance era por que realmente ela iria mudar.

João aceitou voltar com a mulher pela segunda vez. E pela terceira vez ele foi chifrado. Não teve outra briga, apenas pegou as roupas dela e colocou do lado de fora da casa. Um mês depois ela pediu para se encontrar com ele. Antes de ir ao encontro, João resolveu procurar alguém que fosse experiente, mas que também entendesse de traições. Foi até o puteiro da cidade e falou com Jandaya, 30 anos na profissão do meretrício e conhecedora dos mistérios das mulheres mais liberais. Após explicar que era a terceira vez, Jandaya refletiu bem sobre a histórias de outras putas que por ali passaram e disse para ele parar de se preocupar, que provavelmente ela precisou procurar algumas aventuras fora do casamento devido a rotina sexual deles estar, talvez, um pouco monótona e tudo o que ele tinha que fazer era apimentar a relação que ela nunca mais o trairia.

João foi conversar com a esposa, ela pediu pra voltar e ele aceitou. Apimentou a relação, fez de tudo o que nunca tinha feito antes na cama com a mulher, até coisas que nem imaginaria antes fazer e então... A mulher lhe meteu os galhos pela quarta vez.

João por fim cortou qualquer relação com a antiga esposa, nunca mais atendeu a um dos seus telefonemas, abriu uma mensagem sua no celular ou mesmo passou do mesmo lado da rua. João também nunca mais pediu conselhos para o avô, para a cigana ou para a dona do bordel. João se casou novamente quatro anos depois. Essa não o traiu, pois preferia comprar coisas a fazer sexo.

Sabedoria 1: Gente velha também pode ser burra, não aceite conselhos só pelos cabelos brancos.

Sabedoria 2: Quando mulher descobre o que gosta ela faz bastante, seja o que for; e lembre-se: se elas não compram em uma loja só,  as outras coisas também não se limitam a um único lugar. 







       AS PERIPÉCIAS DE PEDRO GÓLI


Pior que um bêbado já bêbado é um bêbado querendo ficar bêbado. E isso foi determinante para um fato em mais um dia na minha vida bagunçada pelo álcool demoníaco.

Tudo começou com o pedido de ajuda de um amigo meu que na verdade tinha dormido lá em casa depois que voltamos de uma festa. Ele tinha que ir até a cidade vizinha para buscar a avó dele no aeroporto, mas a situação não tava muito boa.

- Ei Pedro, Cê pode quebrar meu galho e ir buscar a velha no aeroporto?

- Ah cara, tem jeito não, to podre.

- Mas eu to pior, olha só, vomitei um monte e acho que to cagado.

- Putz, olhando bem, parece mesmo, sei lá... Mas...

- Ah vai cara, só chegar lá, pegar a velha e voltar. Se você for eu te dou as duas garrafas que sobraram na mochila que catei da festa.

- Que duas garrafas?

Ele então puxou a mochila que tinha usado como travesseiro e tirou de dentro duas garrafas lacradas: wisky e vodka. Para mim não foi necessário mais qualquer argumento.

- Qual o nome da velha e como ela se parece?

- O nome da minha vó é Angela e ela, tipo, sei lá, parece uma velha, bem velha, baixinha, cabelo bem branco e tals. Mas ó...

- Que tem?

- A velha fica meio desorientada quando viaja de avião e tipo, às vezes ela não me reconhece e não quer sair do aeroporto, então tem que convencer ela a ir pro carro. Ela fica meio braba, mas quando chega e vê a famiage, tudo se resolve.

Nem ouvi mais nada. Por uma das garrafas eu já ia buscar a velha, nem que eu tivesse que arrastar ela pro carro. Só tinha um problema, eu não tinha carro.

Saí meio sem plano algum, mas logo avistei o vizinho da frente, dormindo na grama e de portão aberto. Cheguei direto e fui pedindo uma ajuda.

- Oh Cidão, tem como me descolar teu carro rapidão? Servicinho de uma hora no máximo.

O Cidão abriu o olho que ainda tava fechado.

- Mas cê tá bêbado?

- Tava ontem, Cidão, agora to de ressaca.

- Mas não sei. E se eu tiver que sair daqui?

- Do jeito que você tá, só sai pra ir pro sofá mais próximo.

- Verdade, mas...

- Faz assim, me empresta o carango e eu te deixo escolher se você quer uma garrafa de wisky ou uma de vocka. Fechadinhas.

- Fechadinhas?

- Isso, igual a minha última conta bancária.

- Beleza, pega lá a chave em cima da pia do banheiro e vaza. Depois me traz uma das duas.

- Tem gazoza?

- Nem sai ontem, bebi aqui mermo. Tá na tampa.

Peguei a chave e fui com tudo pro aeroporto. Pra minha sorte a questão de ter gasolina no carro não era papo de bebum desnorteado do Cidão. Cheguei e parei na área de embargue. Nem ativei o alarme, apenas corri pra dentro do saguão. Não parava de pensar na recompensa, mas ainda não tinha me decidido qual das garrafas ficaria comigo.

O lugar não tava tão movimentado, devia ser o dia da semana não sei. Olhei de um lado pro outro até que finalmente avistei a tal velha. Baixinha, meio encurvada pela idade e cabelos bem brancos. Me aproximei e a cumprimentei.

- Olá senhora, vim buscar você a pedido do seu neto. Ele não pode vir pessoalmente...

- Que neto? Eu não tenho neto nenhum.

- Ele me avisou que você poderia ficar assim.

- Assim como? Quem avisou?

- Olha, não vamos brigar, só vim buscar a senhora e levar pra casa.

- Mas eu sei ir pra casa sozinha, não preciso de ajuda seu...

- Qual o nem da senhora?

Antes que ela respondesse, uma beldade morena com um corpo desses de moça que fica segurando a plaquinha de piloto da stock car passou bem ao meu lado. Torci o pescoço que nem a guria do O exorcista e então voltei a prestar a tenção no que a velha falava.

- ....angela. Esse é meu nome.

- Então é você mesma, minha senhora. Vamos. Chegou agora?

- Não, eu to esperando pra...

- Ih, foi mal. A gente deve ter dormido demais. No caminho eu conto.

- Olha jovem, eu não se quem você é e eu tenho que esperar...

- Mas eu já disse, sou amigo do seu neto. Agora vem e não reclama.

Peguei a mão da velha e fui puxando como dava, a imagem daquelas garrafas não saia da minha cabeça e logo o gargalo não sairia da minha boca. A velha resistia tanto que um segurança do aeroporto veio ver o que tava acontecendo. A velha falava que tava sendo sequestrada, aí chamei ele pro lado e expliquei as condições que ela ficava na viagem. Liberados, fui até o carro e enfiei a velha dentro dele. Voltei como um louco na estrada, louco pela bebida que nem tinha percebido como a velhinha ficou estática com medo que eu batesse o carro, pelo menos ficou quieta o tempo todo.

Quando chegamos ela não quis descer do carro, então fui chamar meu amigo. Ele foi correndo receber a avó, mas aí deu problema.

- Oh Pedro, essa não é a velha não.

- Como não? Ela é do jeito que você falou e tudo.

- Eu sei, acho que até eu me confundiria, mas cara, não é ela..

- Não? O senhora, fala seu nome pra ele.

A velha já me batendo onde podia, gritou:

- Rosângela, meu nome é Rosangela.

Maldita daquela mina gostosa!

No fim, percebi que cometi uma besteira das grandes, essa velha estava no aeroporto esperando pra viajar, até por isso tava sem nenhuma bagagem. A outra velha, a certa, tava esperando dentro de uma sala de companhia aérea, pois tinha ficado agitada depois do voo. Pra minha sorte consegui voltar a tempo da primeira velha pegar o avião e pude então trazer de volta a velha certa.

Ainda levei meu amigo e a avó, que era bem mais legal que a velha pirada da primeira viajem, na casa dos pais deles. Voltei e entrei na garagem do Cidão, levei a chave de volta pra pia do banheiro, fui até em casa, catei as garrafas e voltei até o jardim. Senti na grama ao lado dele.

- Qual que tu quer?

- Sei lá, vamos tomar as duas agora.

Sugestão feita, sugestão adotada. Tomamos as duas inteirinhas e desmaiamos ali na grama mesmo. Deixamos o portão aberto. Acordamos quando passava das seis da tarde. O carro tinha sido roubado. Cidão nem ligou, disse que tinha seguro, fomos a pé fazer um b.o. e depois paramos no posto pra aliviar o dia com uma cervejinha.



FUI-ME!!!