segunda-feira, 12 de março de 2012

Infelicitando a Felicidade.

Olá pessoas!

Após me recuperar do carnaval, resolvi voltar a escrever, provando que minha preguiça mental também tem limites. E foi numa dessas idéias dentro do carro vindo para casa e também discutindo com um amigo a respeito num site book alguma coisa que surgiu o tema para a semana.

 A Felicidade...

Você é feliz?
A pergunta é tão fácil de ser feita como para ser respondida, porém ela está formulada de forma errada. O correto?
Você está feliz?          
Estar e não ser feliz faz toda a diferença.
Encaramos a felicidade como uma obrigação. Desde sempre aprendemos que devemos buscar a felicidade acima de qualquer outra coisa, não importa o que você pense, o objetivo da vida é ser feliz. E isso é ainda o que sempre ouvimos de todas as pessoas, desde nossos pais até amigos, na TV e nas propagandas (com pessoas sorrindo até na hora de dar comida para o gato). Não importa, se você não for feliz a vida não valeu à pena.
Mas o que é ser feliz? Eis o grande problema.
Que me desculpem, mas se você perseguir a tal da felicidade para se tornar feliz você nunca a alcançará. Não existe o feliz para sempre.
O que?
Verdade, não existe. Se fossemos felizes para sempre deveríamos ser desde que nascemos e todos sabemos que já nascemos geralmente trazendo dor para alguém (dor essa compensada imensamente depois) e também passamos por um pouco de dor (quando, em alguns casos, levamos o famoso “tapinha do médico”). Já nesta etapa inicial da vida não fomos felizes, apanhamos e choramos, e isso não torna ninguém feliz, pelo menos não nessa fase da vida.
Resolver a questão é puramente simples. Troquemos o ser feliz pelo estar feliz.
Se a felicidade for encarada como um sentimento ao invés de uma condição de vida, tudo se torna mais fácil.
Da mesma forma que não passamos o dia todo com raiva de alguma coisa ou amando uma mesma coisa o tempo todo, também não somos felizes o dia inteiro. Somos felizes por momentos que nos deixam felizes, assim como ficamos com a tal da raiva, do amor, da culpa, da certeza e incerteza em algum tempo do dia e tudo isso pelas coisas que passamos. Podemos ser felizes um pouco por vez, um pouco por dia e sim, todos os dias, mas nunca sempre e sempre. Aquele que é feliz para sempre não será chateado, nunca ficará nervoso ou bravo, nunca irá odiar ou detestar algo, nunca brigará com a mãe por que chegou tarde em casa ou por que tem que ir na padaria, nunca irá brigar numa festa ou ficar com inveja de alguém. Quem é feliz para sempre não chora (a não ser de felicidade), não comete enganos, não xinga quando “ta puto da cara” e nem “puto da cara” fica. Isso tudo não combina com felicidade. Só que: tem alguém que nunca passou por nada disso? E quando passamos por muitas dessas coisas ao mesmo tempo? Decepção? Não e não. Se você se decepcionou por algum instante, nesse instante você parou de ser feliz, se tornou um tantinho triste e depois, quem sabe, encontrou outro motivo para sorrir novamente.
Nos esforcemos de hoje em diante a tentar entender que felicidade existe sim em forma de agradáveis momentos da vida Que poderemos ter esses momentos de felicidade há qualquer hora de todos os nossos dias e que nem sempre estaremos sentindo essa felicidade, por que a vida nos trás um turbilhão de emoções diferentes e por algumas vezes, alguns desses sentimentos irão nos deixar também infelizes.
Quando aprendermos que buscar a felicidade está em aproveitar melhor o tempo que estamos com essa sensação, estaremos de fato, mesmo que por algum momento, felizes. Mas se continuarmos a buscar uma condição de ser feliz, poderemos ter a certeza que jamais alcançaremos a fórmula mágica de uma vida plena.
Lembrem-se de que nós não somos, apenas estamos, mas enquanto estivermos, aproveitaremos.
Boa felicidade hoje para você, várias vezes ao dia!
Foda-se, achei bunitinho mesmo!
----------------------------------------------PAUSA----------------------------------------------------
Essa semana eu fiquei curioso com duas coisas.
Primeiro foi o que eu vi durante um filme (Os Especialistas).  Enquanto o filme corria reparei que o ator Clive Owen, que eu acho fodástico, tinha um olho de cada cor, Fiquei pensando se realmente o ator seria portador dessa rara “mutação” nos humanos, porém até comum nos felinos e animais selvagens. Cheguei a pausar o filme algumas vezes para olhar bem e já estava até acreditando que era real, quando no finalzinho do filme descobre-se que fora um acidente de guerra que o fez perder a visão do olho esquerdo, mudando sua coloração.  Com a curiosidade eu resolvi pesquisar na internet para saber quem mais apresentava  Heterocromia (o nome da bagaça é esse) e achei uma lista com pessoas que eu não conheço muito, a não ser o David Bowe, mas disseram que ele também acabou com olhos de cores diferentes por causa de uma briga, ou seja, mesma coisa do fim do filme. A condição citada não é anormal, apenas rara, e é devido a alteração num gene qe controla a quantidade de melanina que terá cada olho. Quano mais melanina, mais para o marrom será o olho e menos, mais azul será o olho. Também fica legal em saber que outro gene que determina a quantidade de pigmentos de gordura nos olhos é que determina se o olho irá do azul ao verde.
A segunda ficou por parte dessa pesquisa, agora afinal, qual será a verdadeira cor do olho gordo?
------------------------------------------FIM DA PAUSA---------------------------------------------

                                 A SABEDORIA DA CORUJA
Em certa oportunidade, um funcionário muito do puxa-saco entrou logo após o almoço na sala de seu chefe e não o encontrou. Porém em cima de sua mesa havia um copo com café. O sempre prestativo funcionário aproximou-se e percebeu que o café dentro do copo já estava frio e resolveu trocar por um café quentinho afim de agradar ao chefe ausente. Como não havia onde desprezar o café frio para dar lugar ao quente, o funcionário resolveu tomar em um único gole todo o café frio e então fez a substituição devida. Tudo para agradar ao chefe que retornaria até a sala e teria um café quentinho o esperando. Na volta para casa o funcionário começou  a sentir um desconforto, que nas horas da madrugada se tranformou em fortes cólicas. Passou longas horas indo ao banheiro, teve diarréia, ficou assado e não pode ir trabalhar no dia seguinte.
Ao chefe só restou um único mistério...
Por que o laxante que ele toma no café todos os dias após o almoço não tinha feito efeito na noite anteiror?

Sabedoria: Às vezes ser um puxa-saco acaba sobrando pro c* do funcionário!

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Um breve conto:

Um dia de tomate.

Seu Arlindo acordou bem cedo, como em todos os dias.
Foi até o pomar antes mesmo do galo Tião cantar suas primeiras notas, e abasteceu suas cestas com todos os frutos que ali prontos se apresentavam. Da horta colheu legumes e verduras, colocou tudo na caçamba da velha picape e foi para a cidade. Durante o trajeto algumas vezes o chão de terra e seus buracos, ou mesmo o asfalto mal cuidado da cidade com seus buracos faziam a picape dar seus trancos, balançando todas as frutas, verduras e leguminosas que ali atrás demonstravam incrível habilidade de equilíbiro para não caírem na estrada. Entre todos, na cesta colocada bem ao topo e também ao topo de uma pilha de iguais, um tomate parecia se destacar pelo equilíbrio, dançando aos solavancos como se enfrentasse imensas ondas na praia sem cair da prancha, ali permaneceu intacto até encontrar o seu destino.
O destino do seu Arlindo foi à primeira quitanda, que ficava numa esquina. Lá passou a Dona Josefa algumas de suas iguarias e aí também ficou o tal tomate. Mas engana-se aquele que pensa que esse é o destino final de tão valente fruto. Como se fosse para passar o resto de vida por cima, de alguma forma ao fazer a pilha de tomates, lá foi ele colocado novamente em cima de todos. Mais uma vez sua habilidade de equilíbrio era testada. Porém como sempre o inesperado acontece. Um corpulento freguês de todas as manhãs ao virar-se para observar as hortaliças (talvez ele não fosse um fã de tomates) acaba por bater com um de seus braços no precioso tomate e aí não há equilíbrio que dê jeito.
Do topo da fileira de tomates o valente tomate fora arremessado ao meio da rua. Vermelho e brilhante chamou a atenção de um pobre cão, feio e faminto. Num primeiro momento talvez o cachorro esperasse estar de frente a um pedaço de carne, mas ao se aproximar do tomate, percebe o engano e num exalar de ar pelo focinho como que em desdém ao fruto que ele achou sem graça, vira seu magro corpo para voltar à calçada. Antes, porém, de completar seu movimento vê-se o cão acuado, por um automóvel que se aproximava, e mesmo que estivesse passando devagar ao lado do animal, assusta o cão que num movimento brusco acaba por tocar com uma das patas traseiras no valente tomate.
Mais uma vez o tomate pega movimento, cruza toda a rua até bater no fio da calçada e ali ficar, quem sabe, finalmente parado.
Vermelho e brilhante chamou a atenção do pequeno Miguel (que tem nome de anjo, mas às vezes se comporta como um capetinha). A criança, que antes segurava a mão de sua bela mãe, que por sua vez ali na calçada conversa com a amiga de épocas, num brusco movimento soltou da mão delicada de sua mãe e caminhou até a beira da calçada, abaixou-se e ali ficou encarando a novidade, o vermelho tomate.  A mãe então virou seu rosto em direção à criança, mas antes que pudesse dar a devida bronca de atenção, um enorme bloco de pedra caiu ao seu lado, ao lado da mão que ela segura momentos antes o seu filho que a salvo estava brincando com o brilhante tomate.
E mesmo que pense que o destino do antes equilibrista e agora heróico tomate já estivesse por fim se dado, nada disso, ele foi levado pela mãe agradecida ao quintal da casa da família, ele ali foi plantado, fugindo ao fim não tão glorificado onde seria servido como uma salada. Ele agora iria virar uma linda planta e dele outros vermelhos brilhantes nasceriam para, quem sabe, outra aventura de tomate viverem.
Pode ser um milagre, alguns diriam. Pode ter sido acaso aos que acreditarem, mas no início de tudo, tudo mesmo, o importante é que alguém plantou uma semente.

FUI-ME!!!

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