quarta-feira, 31 de julho de 2013

Clique para comprar!

Olá pessoas! Desta vez trado um pouco de saudosismo e uma visão do que o futuro reserva ao ato de comprar, que já vem acontecendo há algum tempo e vai mudando bem devagar a forma de como interagimos durante uma compra de qualquer produto. O futuro muda muitas coisas, transforma algumas para melhores e também destrói simples prazeres da vida que alguns dos nosso filhos e netos provavelmente nem virão a conhecer. Mas como tudo muda, mudemos com tudo!


Serão as lojas apenas virtuais? 


Lembra quando você queria comprar aquela última novidade, aquele mais recente lançamento e tinha que ficar dias esperando chegar nas lojas de sua cidade ou então por estar muito ansioso, acabava indo direto pra capital para poder adquirir o tal produto?
Pois é, isso hoje está cada vez mais raro. Não que encontrar o produto disponível seja raro, mas encontra esse produto em uma loja física está se tornando cada vez mais difícil.
Se deixarmos de lado os supermercados onde compramos nossos alimentos e que aqui no Brasil ainda não oferecem um suporte online como o do Japão, onde você pode estar pegando o metrô de volta pra casa e já fazer sua lista de compras pelo celular e ao chegar na sua residência a compra já estará sendo entregue (e você pode pagar através do próprio celular),  as outras “lojas” passam a ser pequenos depósitos de mercadorias para as pessoas que ainda não confiam o suficiente para comprar pela internet.
Como todo bom brasileiro o pessoal aqui gosta de ver, tocar, cheirar, perguntar muitas vezes sobre o produto e se ficar interessado, finalmente levar pra casa. Mas tenho reparado que encontrar os produtos na loja da cidade é bem diferente que encontrar no site da mesma loja, fora o diferencial de preço, que no site costuma ser mais barato. A explicação para isso, segundo os lojistas, é que o site não precisa pagar a comissão do vendedor, o produto fica num depósito, não gasta água, luz ou cafezinho. Talvez por isso cada vez mais os sites são incrementados e tenham mais promoções que a própria loja, tudo para atrair um novo tipo de cliente, o virtual. Muito mais cômodo e seguro para ambos os lados, afinal o comprador pode fazer tudo no conforto do lar ou de uma lan-house e a loja tem o pagamento assegurado, seja por boleto bancário ou mesmo cartões de crédito, assim a inadimplência cai muito e só enviam o produto após terem a confirmação do pagamento. Se levarmos em conta que a única desvantagem é o tempo de espera para receber o que se comprou, em alguns casos dependendo do site isso pode variar de 3 a 60 dias, todos os demais fatos se tornam vantagens, você pode escolher uma variedade muito maior de produtos, pode comparar preços com diversos sites sem se cansar de andar, pode parcelar em muitas vezes e acompanhar seu pedido, desde o a escolha até a entrega através do site. Deu problema? Tem algum defeito? Até nisso a compra virtual parece respeitar mais o consumidor, enquanto que na loja física você terá que seguir a risca todos os procedimentos chatos até uma troca formal, na loja virtual, pelo menos na imensa maioria, eles trocam o produto e nem cobram a taxa de envio e ainda pagam o envio do que você está devolvendo.
Mas vale a pena migrar definitivamente para a compra virtual? Tomando-se extremo cuidado com o site escolhido, há alguns piratas por aí, comprar pela internet parece ficar cada vez mais interessante. Eu mesmo apoio isso, devido ao fato de ter me deslocado recentemente para um shopping na capital e tentado comprar alguns produtos que eu já tinha visto anteriormente nos sites das mesmas lojas em que entrei. Resultado: não encontrei nenhum dos produtos disponíveis em nenhuma das lojas, obtive a mesma explicação – de que às vezes esses produtos estão estocados -  e reparei que os preços na loja eram muito superiores aos do anunciados no site.
Voltei para casa, liguei o computador, escolhi meus itens, fui até a lotérica e paguei o boleto e agora só me resta esperar a entrega. Não tive opção por que não me deram uma. Simplesmente fui forçado a comprar online algo que eu preferia pegar e levar da loja até minha casa. Agora mudei de opinião, eles me venceram. Afinal nem mesmo no maior supermercado da minha cidade há tantas variedades de produtos que deveria haver. Virei um comprador virtual e temo que não aja retorno. Sei quanto eu calço, o número da minha camisa, os jogos que eu gosto, perfumes e tudo mais. Só fico com uma pequena dúvida em tudo isso: os futuros compradores, que inevitavelmente se tornarão cada vez mais virtuais, não terão o prazer de provar alguma coisa antes de comprar, então como saber se vai gostar do produto?
Bem, não me espantarei se futuramente existir um tipo de visualização virtual dos produtos através de algum tipo de tecnologia, mas será possível até mesmo sentir o cheiro dos perfumes sem catálogos?
Estaremos em contagem regressiva para extinguir a profissão de vendedor e serão nossas lojas favoritas transformadas apenas em barracões de estoques?
Não será hoje, mas o caminho se desenha de forma irreversível para o futuro.




Reuniões nas praças.,,,

Alguns bons senhores se reúnem na praça em frente ao meu local de trabalho.
Minha cidade é histórica e não sei o porquê suas praças são historicamente feias, feias demais.
Aqueles “velhos” ficam ali o dia todo, a maioria aposentado, jogando um domino, um carteado e falando sobre outros tempos sem tirar os olhos dos dias atuais e também das moças atuais que por ali passam a caminho de casa ou do serviço.
As praças, outrora símbolos de suas cidades, onde grandes acontecimentos se iniciavam antes de tomarem a cidade como um todo, ainda guardam um pouco da magia de antigamente. Alguns casais ainda sentam-se para namorar em seus bancos, alguns pensadores ainda se perdem por horas observando as árvores e dando de comer aos pombos e até alguns discursos ainda são feitos, nada se comparado há tantos tempos antes, onde uma revolução partiria dali para as ruas, onde as famílias se reuniam aos domingos e a banda tocava. Bons e velhos tempos que passam, mudam e infelizmente acabam.
Os protestos hoje partem da internet, os casais se conhecem e namoram nas boates, os futuros velhos só jogam no computador e as bandas, bem, as bandas tocam nos carros e a boa música está em extinção.
Não sei se estou vendo os últimos velhos que se reúnem nas praças, nem sei se eles vão ali mais por imposição das mulheres que não os aguentam em casa, mas sinto que mais um tempo está chegando ao fim. Eu provavelmente ainda serei um desses senhores, se até lá chegar, mas quem será que estará comigo jogando cartas e jogando conversa fora na praça?
Rumo à um futuro de isolamentos sociais e relacionamentos pessoais interpessoais muito em breve seremos meros prolongamentos de nossa própria tecnologia.

Apertem as mãos e abracem enquanto ainda nos vemos pessoalmente, os dias de uma boa conversa olhos nos olhos estão esvaindo-se. Mas quem sabe ainda existam apaixonados pelos tempos de antigamente como eu, e quem sabe passemos isso para frente, para que as pessoas não parem de se encontrar como a gente e conversar, discutir, dançar e rir sempre!

A Edite escondeu o dominó hoje......

------------------------------------------------PAUSA--------------------------------------------------

Uma pausa indignada hoje....
A um ou dois dias antes do novo papa aterrissar sobre as terras brasileiras, muitos peregrinos já se encontravam em algumas cidades rumo ao Rio de Janeiro. Um desses grupos era formado por poloneses e eles estiveram na minha cidade fazendo um pouco de turismo antes de rumarem para o estado carioca. Nada demais realmente, se não fossem certas coisas que eu presenciei e, pela primeira vez, em carne e osso pude perceber o que de fato significa o termo “para inglês ver”. Os poloneses estavam bem em frente ao meu local de trabalho e acabaram por entrar no estabelecimento, todos muito sorridentes e simpáticos. Compraram algumas coisas e conversaram um pouco comigo, falamos em inglês naturalmente, pois quando eles falavam em polonês eu entendia grego. Explicaram que tinham chego até a cidade e daqui iriam para Ponta Grossa, depois para Angra dos Reis e finalmente para o Rio. Perguntaram se eu me lembrava de João Paulo II, até por que ele era polonês. Foi uma boa conversa e uma das atitudes que vi por parte deles me deixou feliz: compraram comida e alguns itens básicos para um sem teto que ainda dormia na rua, num frio do caramba, logo de manhã cedo. Aproximaram-se devagar e através de gestos ofereceram as coisas. O senhor ficou muito assustado no começo e agradeceu muito depois, infelizmente o mesmo acabou fazendo da rua uma lixeira gigante com as coisas que lhe foram dadas, contrastando com o lindo feito dos peregrinos. Ta. Mas o que me deixou indignado então? Simples. Para acompanhar os peregrinos pela cidade, foram destacadas três viaturas da polícia militar, cada uma apenas com o motorista da polícia e mais quatro motos da mesma polícia, além de alguns guardas municipais, ou seja, para garantir a segurança de 40 turistas numa cidade de médio porte, foi necessário deslocar uma grande parte da frota de segurança dessa cidade. Pior, eles tinham um guia turístico e um ônibus da empresa contratada, então por que precisavam de tanta proteção? Fora isso, ainda houve a cena em que a polícia simplesmente fechou toda uma rua na hora em que os peregrinos precisaram entrar no ônibus para prosseguir viajem. Que maravilha! O legal é que eles voltam para a Polônia e pensam: nossa no Brasil até a polícia fecha a rua quando as pessoas vão “subir” nos ônibus para terem mais segurança. Enquanto aqui nós sabemos que na realidade, muitas vezes, quando se precisa de uma viatura da polícia, você liga várias vezes e eles nem aparecem. Não sei de quem partiu a ordem, e eu sei que tem que se obedecer, mas hoje eu sei que o “pra inglês ver” existe de fato e não é só apenas uma expressão midiática.

-------------------------------------------------FIM DA PAUSA--------------------------------------------------------- 





                        A SABEDORIA DA CORUJA


Jairlindo casou-se quatro vezes!
No primeiro casamento, dizem, Jairlindo e sua mulehr eram muito novos, coisa do pessoal do sítio que se conhece e acaba se entrelaçando muito cedo, ambos tinham 16 anos, nada conheciam da difícil vida de adultos, mas já sabiam amar. E amaram. Até que Jairlindo descobriu que a mulher o traía com seu primo Anatole.
Desilusão, fim do amor, separação.
Jairlindo foi morar na cidade. Uma pequena, onde conheceu Jeorgina, moça simples que trabalhava na quitanda do pai. Conheceram, se apaixonaram, casaram. Os dois tinham 25 anos.  Dessa vez parecia que a coisa ia ser pra sempre, mas pra sempre tem uma teimosia de ser interrompido com uma certa facilidade e um ano depois Jairlindo descobriu que sua esposa o traía com o rapaz mais novo que fazia entrega de verduras na quitanda da mulher. Outra desilusão, mais um fim de romance, mais uma separação.
Jairlindo então foi-se para a capital, cidade grande, trabalhou muito e enriqueceu e aos 53 anos conheceu Rute, mulher decidida, já não tão nova, 42 anos e responsável. Tudo pra dar certo. Conheceram, amaram, casaram.
Fizeram muito em 5 anos, aumentaram a renda do casal até o teto. Jairlindo sorria novamente, mas sorrisos acabam amarelando. Rute traiu Jairlindo com o um dos sócios da empresa, mais velho e mais rico, pegou sua metade e se foi. Outra vez ele se desiludiu, parou de amar e voltou a se separar.
Então com seus 78 anos Jairlindo prometeu jamais casar novamente, mas o mundo prega peça no coração de toda gente e Jairlindo apaixonou-se pela recepcionista do Hospital em que ele fazia Check-up todo ano. Aquele velho coração então estava apaixonado, de novo, logo se conheceram, se amaram e sim, casaram.  Era mais nova; nova demais, 35 anos e com tudo em cima, já o marido lutava com a gravidade há muito tempo.
Jairlindo já não esperava muito do casamento e sabia que em algum momento tudo ruiria, assim já se preparava para a má notícia, e quem espera ou alcança ou é alcançado e novamente a flecha com veneno tinha o endereço anotado. Jairlindo descobrira que sua nova e muito nova mulher o traía com outros 3 médicos da clínica. Ela também pegou uma metade e saiu pela porta. A velha desilusão voltou a acompanhá-lo, o amor voltou a abandoná-lo e a separação a contemplá-lo.
Com  a idade mais avançada, sozinho e sem acreditar em tanta má sorte, Jairlindo nunca entendera o porque sempre fora trocado. Porém num dia desses, num sonho, tudo fora reveledo: Ainda na barriga da mãe, viu que a mesma conversava com a vizinha, também grávida, e planejaram as duas que se dali nascessem um menino e uma menina, os dois já estariam prometidamente casados, como os matutos gostavam de fazer naqueles tempos. E assim a promessa fora mantida, até que um dia sua mão pegou a vizinha fazendo a mesma promessa para dona Matilda, outra grávida, vizinha do outro lado. Tudo acabado, a promessa e a amizade. Pobre Jairlindo, trazia sua sina antes mesmo de tenra idade.


Sabedoria: Tem gente que já nasce chifrado!


FUI-ME!!!

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