domingo, 11 de maio de 2014

UM GRANDE, um pequeno e Um Médio!

Olá pessoas!

Estive algum tempo afastado dos meus escritos. O tempo fica curto e as ideias, apesar de ainda serem valorosas, estão sendo usadas em um outro projeto no momento. O título da postagem poderia até gerar certa curiosidade, mas se refere apenas ao tamanho dos textos aqui reproduzidos, me desculpem os mais exaltados ou imaginativos leitores. O GRANDE é o que abre, uma boa ficção com jeito de poder acontecer na vida real. O pequeno é minha pausa e fala sobre a fase do não relacionamento que eu passo e finalmente o médio é uma opinião pessoal sobre os recomeços da vida.
Espero que quem ser, se alguém ler, acabe gostando. Boa leitura!



A caneta da sorte


Jurismar sempre foi aluno aplicado, mais que aluno ou mesmo estudante, era praticamente um autodidata. Nunca foi dado a acreditar em coisas místicas. Sempre usara a razão para resolver todos os enlaces que a vida lhe propunha.

Foi um adolescente retido. Não saia muito, mas também nãos e isolava da sociedade. Num dos passeios de domingo com a turma da escola, todos passaram por alguma ciganas, dessas que visitam cidade por cidade e que dificilmente são vistas novamente em qualquer lugar. Por um princípio de brincadeira, todos resolveram “ler a sorte” com as amáveis forasteiras.

Jurismar também, mesmo sem dar créditos às crendices populares. A velha cigana, a mais experiente e a líder do grupo ficou incumbida de realizar o feito. Olhou bem para a mão dele, em seus olhos e nada disse por uns momentos. Quando terminou de observar Jurismar, a velha cigana tirou do bolso uma caneta, dessas simples cilíndricas de cor azul e disse uma só vez:

- Teu caminho é muito bom, nada posso falar ou fazer para melhorar o que está reservado para você. Mas quero que aceite essa caneta, é uma caneta especial e lhe trará muita sorte, use a caneta quando for fazer algo importante, e qualquer documento feito com ela vai lhe trazer tudo o que você quiser.

Jurismar aceitou a caneta, não houve nem acréscimo nos vinte reais pagos para a leitura. Mas sabia que não a usaria. A velha cigana foi embora sem mais nada falar e ele voltou para sua vida rotineira de sempre.

Num desses dias de pressa sem motivo, Jurismar chegou para a aula em cima do horário, pior, era dia de prova. Ele saiu com tanta rapidez de casa que esquecera sua mochila, mas para a sorte de Jurismar, havia uma caneta no seu bolso, e isso nem ele sabe como foi parar lá, a caneta da celha cigana. Sem outra forma de fazer a prova, decidiu usar a caneta, mal, afinal, não faria. Fez a prova e na semana seguinte, adivinha, Jurismar havia tirado nota máxima na prova. Sempre foi [ótimo aluno, mas tirar nota máxima nunca, sempre próximo, mas nunca no ponto. Foi então que ele resolveu testar se era um golpe de sorte, coincidência ou algo mágico. Fez todas as provas do seu último ano de colégio com a tal caneta. Todas notas máximas.

Jurismar agora amava a caneta. Mas percebera que metade da carga já tinha sido gasta, por isso resolveu usá-la só em momentos realmente importantes. E todos eles compensaram. Passou em seu primeiro vestibular: a caneta. No seu primeiro contrato de trabalho, em poucas semanas recebeu duas promoções: a caneta. Casou-se com uma mulher que o amava, no casamento assinou a certidão: a caneta.

E assim se foram alguns anos, sempre guardando muito próximo à ele o que era amis importante em sua vida: a caneta. Mas como tudo tem uma certo tempo, a caneta também estava por ver seus últimos dias, a carga estava quase no fim e Jurismar já sabia como iria utilizar as últimas forças dessa sorte toda. Iria fazer um concurso público onde só teria uma vaga disponível, ótimo salário e futuro garantido. Jurismar não deixou só a sorte ajuda-lo, reuniu-se com o vizinho, que iria prestar o mesmo concurso e como excelente estudante que era, ele e o vizinho se uniram para meses de leituras e discussões.

No dia do concurso, Jurismar estava à mil. As respostas ficaram fáceis devido aos estudos e terminou a prova rapidamente. Na hora de preencher o gabarito nem teve dúvida. Sacou a caneta da sorte e começou o preenchimento, porém na metade do caminho, por coisas que não se explicam, a caneta, a caneta de tantas glórias, a caneta... vazou! Metade do gabarito fora afetado e o mais trágico: não havia outro gabarito para ser preenchido.

O choque fora tão grande que Jurismar estava, pela primeira vez, arrependido de ter usado a caneta. Tão arrependido que, sabendo que perdera o concurso, jogou o que sobrou da caneta no lixo. Estava decidido a nunca mais depender de objetos da sorte para conseguir atingir seus objetivos.

Seu vizinho passou em primeiro lugar e assumiu a vaga três meses depois.
Jurismar via o amigo agora feliz da vida e fazendo planos que ele queria poder fazer. O jeito era continuar seguindo a vida com todas as coisas boas que tinha obtido e estudar mais para na próxima oportunidade ser ele a passar. Para isso também fora em uma livraria e comprou uma caneta comum.

Uma certa noite, antes da sete, alguém bate furiosamente na porta de sua casa. Jurismar abre e vê que é a mulher do vizinho. Estava em plantos. O prédio onde o marido trabalhava pegou fogo e o amigo e vizinho de Jurismar tinha morrido no incêndio.

Jurismar olhou para o lixo. Uma pequena dor no seu coração pela morte do amigo, mas um pequeno sorriso por outro motivo: a caneta.

Hoje Jurismar percorre todas as cidades que pode em busca da velha cigana torcendo por três coisas: que ela ainda esteja viva, que ele consiga encontra-la e que ela tenha outra caneta.






--------------------------------------------------------PAUSA--------------------------------------------------------------

O meu EU

Estas são algumas das respostas que eu costumo dar para as pessoas que amam me perguntar como estou indo na minha vida amorosa. Eis aqui o que eu falo:

- Mais devagar que tartaruga manca na areia da praia.
- Mais solteiro que freira de setenta anos careca.
- Mais morto que o espírito revolucionário do povo brasileiro,
- Mais lento que lesma que sofre de narcolepsia.
- Mais atrasado que noiva em casamento.
- Mais enrolado que discurso de posse de político.
- Mais feio que pesadelo em noite de lua cheia.
- Mais largado que aparelho de fazer abdominal.
- Mais complicado que entender física quântica.
- A resposta está no infinito e além.

Por isso não precisam me perguntar sobre isso, a coisa tá muito complicada, e por incrível que pareça, neste momento, eu não ligo mais que telefone celular no fim de ano na praia.
Eu sei, é um Jaboti, mas tá valendo!

-----------------------------------------------------FIM DA PAUSA-------------------------------------------------------







(RE)Começar


Nunca gostei do termo recomeçar que tantos adoram usar quando alguma coisa não dá certo na vida. É a velha história, levanta e tenta outra vez, recomece.

Ninguém recomeça.

Você nunca volta ao ponto de partida para recomeçar, nada é como um jogo de vídeo game onde as coisas voltam automaticamente para o mesmo lugar onde estavam quando você perde uma vida e recomeça uma faze, e ainda hoje há jogos tão inteligentes que mesmos os elementos já explorados anteriormente já não estão lá se você for fazer tudo de novo.

Na vida real as coisas estão em constante mudança. Não importa o que você tentou fazer, se falhar e for tentar de novo, isso não será um recomeço e sim um novo começo, desde o princípio; agora com novos desafios que antes não estavam lá e com a experiência para passar por aqueles que já foram enfrentados.

Recomeçar é válido para um trabalho escolar onde erra-se uma frase e torna-se a fazê-la do mesmo jeito que ela fora feita anteriormente. Qualquer momento da sua vida em que você fracasse, em que você caia, pedirá um Começo e não um Recomeço. Você não pode começar novamente uma coisa que já sabe, do mesmo jeito de antes, pois irá acabar atingindo o mesmo fim de antes, por isso você tem que escolher outro começo em outro espaço e tempo do que tinha antes.

Recomeçar seria possível apenas se voltássemos no tempo toda vez que fosse necessário e isso ainda não é possível.

Sempre temos que começar as coisas - nunca novamente - de um jeito diferente; os objetivos podem ser os mesmos, mas os caminhos podem variar, assim como você já mudou desde o seu primeiro começo.

Comece sempre as coisas de uma forma não aplicada antes, não tente recomeçar, pois recomeçar é voltar a fazer o que não deu certo ou o que fez você perder tempo.
Pense diferente. A palavra agora é um Começar Diferente, para um resultado também diferente.

Comece!


FUI-ME!!!



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