Tempos de estudos são sempre apertados, logo não consigo manter uma regularidade no meu blog pouco lido, porém muito bem visitado por pessoas que gostam de uma leitura nem sempre edificante, mas de alguma forma proveitosa.
Nessa postagem um pouco sobre um assunto sempre muito alertado, os fakes na internet, mas com um pouco de aspecto fora da rede também e no embalo um pouco de filosofia sobre como se fazer verdades.
Aproveitem!
Fakes
Fake é uma palavra de origem
inglesa que pode significar, entre outras coisas, falso, imitador, fraude,
impostor, farsante, disfarçar, improvisar. Esse termo teve uma nova conotação
com o advento das redes sociais, mas o fake, como conhecemos na rede, aquela
pessoa que diz ser uma coisa e na verdade não é, passou a existir muito tempo
antes disso. E não estou falando do ICQ, me refiro a tempos anteriores à nossa
própria contemporaneidade.
Por diferentes motivos
gostamos de mentir aos outros sobre nós mesmos. Podemos ter o mais nobre dos
sentimentos ao desferirmos inverdades que nos melhor qualifique ou até mesmo
nos diminuam, um galanteador que queira impressionar uma bela moa que acabara
de conhecer pode contar coisas a seu respeito que são mais ficção que muitos
filmes ou entoa um excelente jogador de bilhar pode sempre creditar seus ótimos
lances à sorte para animar o oponente. Não importa tanto o motivo, mas fakes
existem mesmo desde a idade média, quando a própria maneira de se vestir demonstrava
a que classe você pertencia, ou seja, dependendo da sua roupagem quem o visse
em qualquer lugar já saberia se você era um camponês, um nobre, um clérigo e
assim por diante. Não à toa o próprio cinema explora essa possibilidade
mostrando como as pessoas deveriam se fazer passar por outras para conseguirem
acessos restritos apenas se vestindo de maneira diferente. Ser um fake á
exatamente isso, colocar a roupagem que mais ira agradar a quem quer ver, porem
também esta na adoção das palavras e historias que mais irão agradar ao
ouvinte, e muitos políticos sabem muito como fazer isso. Ate mesmo os bandidos
tem seus breves momentos de fake quando são pegos pela policia, geralmente de
cabeça baixa e voz mais afinada, juram sua inocência e se descrevem apenas como
trabalhadores e pais de família.
Mas voltando ao mundo virtual,
o fake pode acabar tendo propósitos mais mesquinhos. Seja a namorada que se faz
passar por outra pessoa para sempre estar fuçando a rede social do namorado,
louca para ver se está sendo traída a cada dois minutos ou ainda os motivos
mais nefastos, no caso os seres nojentos que são os pedófilos ou mesmos os
perigosos que são os sequestradores. Em
ambos os casos é comum que utilizem da sedução para atraírem suas vítimas,
colocando fotos de pessoas atraentes e preparando a armadilha. O pedófilo ainda
consegue, com sua conversa altamente sedutora, envolver tanto a vitima que
mesmo depois de revelada sua verdadeira identidade, ainda exerce certo fascínio
sobre o menor, levando muitas vezes a cabo o abuso. Lembrando ainda jovens, que
muitas pessoas se passam por outras muito atraentes e ficam enviando fotos ou
vídeos íntimos apenas para que você retribua da mesma forma, e depois pode
prejudicar você de varias maneiras.
Ainda bem que da mesma maneira
que existem pessoas ingênuas que acabam caindo nas histórias fantasiosas dos
fakes, há também as desconfiadas e que em poucos passos já conseguem descartar
qualquer perigo ou incômodos. Sejamos todos nós desconfiados, quando conhecer
alguém virtualmente pegue qualquer foto e pesquise a imagem na própria
internet, isso pode ser feito com o nome que te derem também. A mesma internet
que permite aos fakes aflorarem como ervas daninhas também permite aos mais
cautelosos desmascararem essas pragas virtuais. E olha que eu poderia falar de
vários tipos dessas pragas, como as que se protegem atrás de personalidades
falsas para ofender, por exemplo. Seja esperto, como tudo que possa interessas
a você nessa vida, pesquise e muito sobre o que chamou a sua atenção. Isso
mesmo, como quando você fica sabendo de alguma noticia interessante e vai atrás
de varias fontes para saber mais sobre o assunto, faça isso com seus contatos.
Bom, fakes na internet podem
de fato serem pegos mais rapidamente, o maior problema se encontram nos fakes
do dia a dia, dos mentirosos que se dizem amigos e amigas, dos contadores de
historia que querem seu apoio, seu voto, sua proteção, seu dinheiro. Desses
infelizmente, não basta apenas uma consulta ao Google, é preciso também uma
certa experiência de vida.
-------------------------------PAUSA
SAIR PRA DENTRO
Duas falas muito comuns que se enquadram
nas nossas armadilhas da língua portuguesa, o sair pra fora e entrar para
dentro, clássicos pleonasmos. Mas e se fosse sair pra dentro e o entrar pra
fora? Este último, creio eu, deve ser mais difícil de acontecer, mas sair para
dentro, bem, eu acho que é possível, vejamos:
Se estou dentro do meu quarto de desejo
chegar até a sala, necessariamente deverei SAIR do quarto e entrar DENTRO da
sala, ou seja, se a sala está localizada dentro da casa eu acabei de sair para
dentro da sala.
Confuso? Em parte concordo, mas assim
demonstro que sair para dentro é totalmente plausível na forma pratica.
CORES
Só usarei este pequeno espaço para uma consideração sobre cores de carros, coisa rápida, mas que faz pensar. Confesso que não um entusiasta da cor mais pedida no mundo para carros, o branco, mas se tivesse que escolher entre o branco e as cores mostradas abaixo eu nem pensaria muito em aceitar o branco.
O vede limão inaugurado no Brasil com o Palio, bom, país tropical e tudo mais então mete lá umas cores ousadas que representem diversão. Diversão mesmo devem ter tido os donos ao tentarem vender seus limõezinhos! Mas quer saber? Até que não é tão feia não, prefiro essa a muitas outras.
Tcharã.. Alguém que adora chocolate provavelmente ama esta cor: marrom metálico ou chocolate metalizado, tanto faz, me lembra vagamente de cocô mesmo ou barro meio diarreia. Se algumas tonalidades de verde ou vermelho me fazem passar longe da paleta de escolha de cores de alguns carros, esse marrom acaba sendo matador de vendas para pessoas como eu, não como você!
Ahá, se as pessoas achavam que cores ruins já tinham todas sidos utilizadas pelas montadoras, heis que a Ford me sai com essa. Seria branco? Não. Amarelo muito muito muito claro? Não. Creme? Nem fodendo. Isso é branco vanilla, ou baunilha como preferirem ou ainda cor de monitor de computador indo do branco pro amarelado; nerds entenderão. No final das contas, acho que fico com o verdinho mesmo.
Minha cor favorita para carros? Depende do caro, mas preto, amarelo, cinza e azul dão certo.
FIM DA PAUSA-------------------------------
CONVERSA
DE
VAMPIRO
Construindo
verdades
-
Estava
no Mercado e sem querer ouvi algumas pessoas conversando a respeito da jovem de
nobre família que fugiu de casa por causa de maus-tratos, porem alguns diziam
que ela teria fugido por que teria decidido viver uma aventura, ainda outros
afirmavam que nos jornais haviam escrito sobre ambas as hipóteses e que então
algo estava errado. Nem sei o que pensar.
-
Então
comece pensando que você na realidade queira ouvir o que ouviu. Sem querer algo
não existe, a não ser que seja forcadamente imposto a você. Se realmente não quisesse
ouvir e até mesmo participar das conversas, teria apenas se retirado do local
apressadamente. Mas se reuniu tantas informações, fica claro que permaneceu por
causa de sua habitual curiosidade sobre as coisas.
-
Sim,
mas em qual versão confiar, quem fala a verdade, quem inventa...?
-
Já
foi dito certa vez que toda a historia tem três versões: a versão de um, a
versão de outro e a verdade. Chegar ate a verdade é um caminho com curvas que
puxam tanto pata um lado quanto para o outro e no final só conseguimos nos aproximar
daquilo que é a real verdade ou então nos desviamos para muito próximo da
mentira.
-
Mas
por que tanta confusão em se falar das coisas?
-
Por
que as coisas vem do que nos contam e quanto mais pessoas passam a contar sobre
a mesma coisa, mais versões aparecem.
-
Mas
sempre há versões mais confiáveis.
-
Confiáveis?
Vejamos: um assunto banal qualquer em que tenhamos algumas possibilidades, a
primeira é a possibilidade científica, de tratar o assunto com seriedade,
pesquisar muito antes de falar com certeza sobre alguma coisa e a segunda que é
puramente ficcional e inventado com tal maestria que quem ouve a versão falsa
da noticia passa a levá-la como verdade.
-
Não
disse que a primeira e de fato verdadeira, disse apenas que ela é mais séria,
mais crível por aceitar os fatos unicamente como aconteceram, sem invencionices
e sem achismos, sem dramas comoventes ou piadas hilárias. No percorrer de ambos
os caminhos podemos nos deparar com verdadeiros vendedores de mentiras quase
sendo como a verdade.
-
Como
assim?
-
Ora,
num mundo em que o conhecimento era escasso, o passado na verdade, ter acesso às
informações reais era muito complicado, não raro um boato poderia ser levado a
serio por muito tempo antes que fosse desmentido, mesmo estudar sobre um
assunto qualquer criava certas armadilhas, pois ou se tinha acesso a livros ou
se ouvia o que qualquer um que afirma ter lido o livro falava sobre o tema. No
mundo atual com um excesso de informação e obtenção veloz dessas informações,
iremos nos deparar com tantas versões de uma mesma coisa que fica ate difícil
saber com extrema confiabilidade, qual das versões é de fato a real e quantas
mais são pura lorota. Então se antes tínhamos uma escassez das informações que
faziam muitos acreditarem em mentiras que se perpetuavam por épocas, hoje temos
uma exceção tão grande que fica complicado saber qual das versões levar a
serio.
-
Mas
com tanta informação, não fica então mais fácil se chegar à informação real
hoje do que seria nas épocas passadas?
-
Deveria
ser, mas as pessoas não pesquisam ate encontrarem as melhores fontes, elas
pesquisam ate encontrarem a versão que lhes satisfaçam as vontades e assim as
espalham. Fora a terrível condição de alguns, em pegarem um fato qualquer e
fazerem um verdadeiro retalho entre coisas inventadas e informações mais sérias
para dar veracidade à sua versão. É como pegar meia mentira e meia verdade e as
unirem, para, de certa forma lógica, dar um fundo de seriedade e autenticidade
a uma coisa inventada.
-
Concordo
quando você fala sobre acreditar naquilo que se quer, como no caso da moca,
acredito que se eu lhe tivesse apreço eu preferiria achar que ela era
maltratada e fez bem em sair de casa, mas se eu não a gostasse, seria fácil
espalhar que ela foi viver uma vida fútil.
-
De
fútil a vida nada tem, e eu nem posso falar sobre vida ironicamente. Mas é
preciso conhecer toda a vida dela até o momento de sua fuga para se chegar
próximo do real motivo que a levou a tal ação e por vezes é mais interessante
ao ser humano acreditar nas mentiras mais elaboradas do que nas verdades mais
simples.
-
Com
tantas informações que se misturam, fica difícil encontrar a informação
original.
-
Nunca
tente encontrar a original, ela pode também estar equivocada. Procure sempre
pela mais bem fundamentada, dês que esse fundamento não venha de uma única
pessoa, mas sim de varias que contem quase a mesma coisa.
-
O
que você acha que aconteceu a ela?
-
Não
saberia dizer, mas se eu a tivesse visitado, poderia ter certeza que a única
versão possível de ser contada seria a minha e ela não seria agradável de se
ouvir.
-
As
vezes eu não sei se devo ter medo ou confiar em você.
-
Mas
isso se resolve facilmente.
-
Como?
-
Encontra
as fontes certas, pesquise lentamente e encontrara tudo o que se tem ao meu respeito,
mas saiba separar o fantasioso da realidade para que não me tome como aquilo
que não sou e nem se decepcione com o que sou.
FUI-ME!!!
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