sexta-feira, 1 de maio de 2015

Sobre: GREVE / SUBORNO / REELEIÇÃO

Olá pessoas!

Esse post tinha sido planejado logo na primeira greve de professores, mas na época não quis colocar aqui, pois acreditei que muitos não entenderiam meu posicionamento sobre o assunto. Não queria, também, falar de greve enquanto estivesse havendo alguma, ainda mais por questão de tamanha importância para o Estado em que resido, porém decidi colocar o assunto em pauta assim mesmo. Não tirem conclusões apressadamente, leiam todo o blog, pois logo abaixo deixo meu posicionamento sobre os fatos atuais.

Mais abaixo um pequeno conto para aliviar a rotina e termino falando sobre os pensamentos de um vampiro à cerca de reeleger alguém para um mandato político. 

Boa leitura!




GREVE, pra que e pra quem?

Greve, direito conquistado e afirmado em qualquer país de democracia livre. Não que no passado elas não existissem, existiam, porém eram tidas como atos de afronta e rebeldia, geralmente punidas com força e até mesmo com morte.

O direito a greve é o que dá força à classe de trabalhadores em muitos casos de descasos; descasos causados por um patrão ou por um Estado. A greve não tira o direito de não pagar os grevistas, porém sem os funcionários tudo para, inclusive o lucro ou a política.

Um viva então para o direito de greve e aos valentes que aderem a ela. Um viva merecido, mas não em todos os contextos, infelizmente.

Por que, afinal, é feita uma greve hoje? Por motivos de mais segurança no trabalho? Por motivos de faltarem o mínimo de materiais para se atender as necessidades do trabalho, como medicamentos em postos e quadros em salas de aula? Por ver que o cidadão não está sendo respeitado em sua vida?

 Será que nunca foi motivo para uma greve, qualquer uma dessas coisas?

Mas não vemos as pessoas reivindicando tais coisas nas greves? Sim, porém esses não são os motivos que as começam. O motivo de toda a greve é quase sempre o mesmo: salário e qualquer direito sobre o dinheiro do trabalhador.

É engraçado pensar que as pessoas comecem sempre uma greve quando se mexe no bolso delas, mas a verdade é essa. Tire o quanto for de seus direitos salariais e as pessoas irão ficar fortemente revoltadas, tire equipamentos necessários para se executar o trabalho e as pessoas só irão ficar dizendo: Está difícil trabalhar assim. Porém trabalham Mas mexeu no dinheiro? Aí vira: Está impossível trabalhar assim. E aí é greve!

Sempre serei a favor de greves, acho que direitos não podem ser extirpados, nenhum direito pode ser, mesmo aqueles que eu não concorde, como cotas raciais, mas reconheço toda a luta e tempo desempenhado em consegui-los. Só não entendo o motivo financeiro ser sempre o mais relevante para se iniciar a greve e os motivos de solidariedade humana e todos os outros da dignidade da vida humana serem relegados a segundo plano nas greves.

Será que só aqueles que ganham bem tem o dever de fazer greve por melhorias em setores importantes, como pilotos de fórmula um fazem por segurança (afinal por salário seria uma piada; pelo que ganham), ou todas as pessoas, independente de seus rendimentos poderiam fazer o mesmo por outros motivos que não esse? Poderia o cidadão entrar em greve, mesmo que não trabalhe?


Greve sim, mas que não seja apenas pelo dinheiro, por favor!



PAUSA///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////


Opinião sobre Paraná:

Não vejo nem como tentar apoiar de qualquer forma as mudanças aprovadas pelo nossos distintos deputados frente as ideias de nosso também distinto governador do Estado, na verdade achei que esse tipo de politicagem já estaria extinta nos tempos atuais.  Nesse caso, apenas confirmo meu apoio a essa greve dos professores que sempre são os primeiros a se mobilizarem acerca de situações de suma importância, não apenas para a própria classe, mas também para outras tantas. Então ficam minhas perguntas:

- Onde está o restante do funcionalismo público que não aparece para apoiar algo que também mexe com eles?

- Onde estão os aposentados que ainda não entenderam que o bicho vai pegar pro lado deles também?

- Onde estão os pais e alunos que adoram bradar que a educação está ruim e nunca melhora?

- Como policiais que devem proteger a população acatam ordens para ir contra a vontade do povo pacífico?

- Por que professores precisam ser representados por sindicatos que visam outros interesses?

- O cão que mordeu um deputado ganhará medalha de honra?

- Tem como mandar esse cachorro pra casa do governador?

////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////FIM DA PAUSA





Suborno

Marina desde cedo, em seus 4 anos, aprendeu sobre suborno com seus pais. Não é lá algo muito bom em se aprender tão cedo, mas na vida as coisas nem sempre vem na ordem certa.

Mas quem recebe o conhecimento e sabe usá-lo sempre estará muito à frente daquele que não se interessa por ele.

Certa vez marina saiu com o pai para ir ao mercado. O pai de Marina era sempre muito assediado pelas mulheres, o que deixava a mãe dela com um ciúmes gigantesco. Fosse onde entrasse sempre havia alguma mulher que dava mais lado para o pai de Marina, que na presença da filha sempre se comportava o máximo possível dentro da cartilha do casamento. Ideia astuta da mãe dela: sempre mandar Marina junto com o pai a todos os lugares.

Naquele dia no mercado, o pai de Marina tentou disfarçar, pediu à filha que fosse escolher um chocolate que quisesse, qualquer um, e enquanto a filha foi pegar o dito doce, aproveitou e pediu o número do telefone da moça que trabalhava no caixa.

Com as compras sendo postas no carro, Marina fala com o pai:

- Eu vi tudo.

- Viu? Quer dizer, claro que viu, você é muito esperta. E é por isso que o papai tem uma oferta para você.

- E o que é?

- Se você não contar nada para a mamãe, o papai sempre vai deixar você escolher o doce que você quiser quando sair com ele, feito?

Marina pensou por poucos segundos e tomou sua decisão rapidamente.

- Feito.

Os dois foram para casa, guardaram as compras, o pai beijou de leve a mãe com o habitual eu te amo e subiu as escadas para tomar um banho. A mãe então levou Marina até a sala, sentaram-se no sofá e a conversa foi essa:

- Foi tudo bem no mercado, minha filha?

- Foi sim, mamãe. Até ganhei um chocolate do papai.

- E o seu pai conversou com muita gente lá?

- Ah mamãe, você quer saber se o papai falou com alguma moça hoje?

A mãe, enquanto respondia que sim, logo foi tirando da bolsa uma barra de chocolate delicioso.

- Olha, se você falar para a mamãe se o papai quando sai fala com alguma moça estranha, a mamãe sempre vai dar um doce para você, feito?

Marina pensou por poucos segundos e tomou sua decisão rapidamente.

- Feito.

Marina aprendeu sobre suborno e usou o que aprendeu, já papai não entendeu por que não teve nada com a mamãe naquela noite e no outro dia mamãe foi comprar uma bolsa e sapatos novos com o cartão do papai que foi passear no parque com Marina.




CONVERSA DE VAMPIRO


Reeleição sim, reeleger jamais!

-Não compreendo como governos promissores tornam-se contrários aos seus ideais e nem como governos ruins se prolongam por tanto tempo no comando de uma nação...

- Em outros tempos isso era facilmente explicável, a força, o medo, o terror. E esses outros tempos estão muito próximos, não foram nem a um século atrás. Hoje ainda ecoam exemplos desses tempos, principalmente em países mais carentes e com pouco desenvolvimento.

- Eu entendo que países que ainda não conheceram uma democracia estejam fadados a aturar essas coisas ainda por muito tempo, mas onde o poder deveria emanar do povo fica difícil encontrar algo lógico que explique.

- Lógica não é o forte dos homens, sentimentalismo e esperteza sim. A lógica que você deveria procurar se esconde atrás do possível entendimento do fato, mas está muito distante disso. A lógica é simples, mas apenas mexe com ideologias e sentimentos de amor e ódio que são criados para as pessoas que geralmente sequer participam da política.

- Uma visão geral dos acontecimentos políticos?

- Não, uma visão distorcida do que é ser político e de como participar da política. Eles, políticos, ensinam aos homens a fingirem que entendem de política, a se apaixonarem por ideias e pessoas figurativas que representam partidos e não a entender de verdade o âmago político.

- Há como mudar?

- A mente bagunçada dos homens alteradas pela politicagem? Até há, mas é tarefa das mais árduas que pode-se imaginar. Mas sempre existem possibilidades de mudar a todo momento para tentar tirar máximo proveito das ações que os políticos venham a exercer.

- Seria?

- Reeleições.

- Reeleger políticos, mesmo ruins? Mas isso é o contrário do que eu busco no momento...

- A surpresa dos homens ao político está na reeleição, não em reeleger alguém.

- Ainda está confuso para mim!

- Muito bem, serei sucinto. Um político é eleito e espera ansiosamente por esse momento. Ele sabe que dali a alguns anos ele terá outras eleições pela frente e deverá para tanto se esforçar em alguma área, e não apenas em engodos e desvios de recursos, para que ele tenha alguma chance de ser eleito novamente. Esse político deverá ao menos se esforçar para dar ao povo algo útil durante sua estadia no poder para justificar um prolongamento de sua gestão por mais tempo.

- Mas aí ele vai continuar a fazer coisas ruins e....

- E é aí que entra a surpresa. Não se reelege esse político, nunca.

- Mas ele tentará, como quase todos, ludibriar as pessoas para que acreditem que ele continuará a fazer coisas uteis, não é?

- Não importam os truques dos sujos, mas sim o esclarecimento da população. Dê ao político uma chance, uma ilusão de que ele poderá permanecer no poder para que ele faça as coisas de que dele se espera e depois tira-se dele o período que serviria apenas para o deleite de seus próprios interesses. Deixe-o pensar que ele se perpetuará, que poderá enganar e roubar. Ele terá que mostrar motivações para seus eleitores, fazer, ser o político que ele prometeu ser, nem que por apenas um breve período de seu mandato e então ao tirar o proveito que dele se espera o povo deve trocá-lo e dar a outro a mesma sensação de que poderá se reeleger.

- Mas isso não seria passar o político para trás de certa forma?

- Ele teve um tempo de governo, ele representou seu povo, não foi enganado em sua totalidade, só não terá mais tempo para que seja ele a enganar mais as pessoas.

- É como prometer, na empresa, para o funcionário se esforçar mais e ele será promovido, e depois manda-lo embora?

- Não. É como deixar o prédio com um síndico e depois trocar sucessivamente de síndico para que nenhum deles desenvolva uma certa ganância e sede de poder. Apenas não se fala ao síndico que ele sairá do comando logo na primeira oportunidade para que ele se esforce para parecer bom e correto e faça o que dele se espera para tentar continuar à frente do prédio.

- Mas como fazer as pessoas entenderem que isso é possível e não deixar que os políticos percebam que isso é possível?

- Aí reside justamente a chave de todo o processo democrático. O povo guiado por emoções baratas não enxerga a possibilidade e os políticos embebidos em poder sabem exatamente como estenderem seu domínio por tempos e tempos.




FUI-ME!!!






          

Nenhum comentário:

Postar um comentário