quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pequenos Textos...

Olá pessoas!

Hoje apenas uma viajem mental sobre alguns assuntos que me atormentaram antes do sono. É bem resumido, porém serve como uma ideia para ser discutida com mais tempo e mais gente.
Espero que quem ler entenda e tire suas próprias conclusões!




À Procura Do Samba

Carnaval, festa popular ou mesmo festa para enganar o povo....Tanto faz, não quero entrar nesse mérito hoje, afinal eu também gosto do carnaval. Me divirto no carnaval, e às vezes até extravaso no carnaval. Não quero saber se isso me faz esquecer dos problemas sérios que temos em nosso País, querendo ou não esta é uma data que uso para esquecer um pouco dos meus dias chatos, dos meus problemas quando tenho, dos problemas dos outros que adoram trazê-los para nós também. É o dia de deixar tudo de lado, por alguns momentos e viver uma fantasia que dura pouco, mas que pode lhe transportar para longe da monotonia. Depois eu volto à mim, volto a me preocupar e até mesmo a falar da futilidade que se transformou o carnaval, assim como tudo o que a sociedade capitalista transforma em comércio puro e simples.
Jamais deixo de comparar os tempos de hoje de quando eu era um simples pimpolho indo com minha mãe e irmãs nas matines fantásticas nos clubes, sempre fantasiado de Batman ou Superman, pulando e brincando com as outras crianças ao ritmo das marchinhas tão gostosas de ouvir e cantar de antigamente.
Mas hoje a maior parte dessa gostosura de antes fica apenas na memória, hoje transformaram meu carnaval em axé, pagode, sertanejo e funk, mas cadê o samba? Onde foram parar as marchinhas? Por que se esqueceram da parte mais divertida? Ah sim, esqueci... o comércio. Como chamar um monte de bêbados jovens de hoje para se divertirem? Bota as musiquinhas mal feitas e da moda que eles vêm.. E é isso que fazem.
Mas eu ainda tenho muito daquela criança vestida de super herói dentro de mim, eu ainda amo o samba e as marchinhas e eu precisava encontrá-las de novo.
E eu procurei.
E, graças aos bons fluídos, eu encontrei.
Foi apenas no último dos quatro dias que eu saí à procura do samba, mas valeu. Foram apenas uma hora do verdadeiro carnaval, mas valeu. Na minha cidade não teve, na praia eu não ouvi, mas na cidade vizinha, na segunda-feira, já na madrugada, heis que lá apareceram as grandiosas marchinhas que embalaram meus passos tortos e abriram meu sorriso largo. A melhor noite de todas. Uma volta aos meus ótimos tempos.
Era como estar lá novamente no salão, com minhas irmãs e minha mãe sempre zelosa nos observando, girando, pulando, caindo e rindo.... Mas as irmãs casaram, a mãe já não tem tanta disposição para atravessar a madrugada e as crianças já são tão grandes quanto eu. Mas e daí? Eu pude sentir tudo aquilo novamente, tudo por que eu não desisti e bem perto de voltar à realidade de nossos dias comerciais, eu encontrei novamente o samba.
Obrigado Antonina, ano que vem eu procuro aí de novo!

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Como as coisas sabem.

Fico imaginando, pirando, divagando.
Acho que de certo modo, até mesmo as coisas sabem das “coisas”.
Eu sei disso por que, mesmo um dia, as coisas podem saber.
Num domingo:
Eu acho que meu portão de casa sabe que é domingo, por que ele não se abre e fecha tantas vezes quanto nos outros dias da semana.
Acho que as ruas sabem que é domingo, por que não tem tantos carros passando por elas.
Acho que meu carro sabe que é domingo, por que ele descansa a maior parte do dia.
Acho que meu skate sabe que é domingo, por que não saio de cima dele.
Acho que a TV da sala sabe que é domingo, por que só passa porcaria.
Acho que o chuveiro sabe que é domingo, por que passo mais tempo nele.
Acho que minha cama sabe que é domingo, por que acordo bem mais tarde.
Acho que o despertador sabe que é domingo, por que ele não me acorda.
Acho que o computador sabe que é domingo, por que fica mais tempo ligado.
Acho que a praça no mercado sabe que é domingo, por que à noite ela se enche de gente.
Sim, as coisas sabem, assim como eu também sei que é domingo, por que o calendário na parede sempre me lembra que ele já sabia disso muito antes que eu!





--------------------------------------------------------PAUSA--------------------------------------------------------------

Antigamente... No meu tempo... Hoje em dia.

Antigamente um baile era uma festa onde as mulheres ficavam sentadas num lado do salão e os homens timidamente as tiravam para dançar, afastados por metros de distância. No meu tempo um baile era uma festa em que dançávamos na pista e ficávamos azarando através dos olhares para tentar algum contato na saída. Hoje em dia os bailes são festas com muita música, bebida e um bando de gente com seus celulares conversando em redes sociais.

Antigamente as pessoas iam à praça e namoravam. No meu tempo a gente ficava. Hoje em dia dançam funk e não lembram com quem transaram.

Antigamente os filmes contavam histórias maravilhosas e os diálogos eram incríveis. No meu tempo a vida cotidiana e violência chocavam o público mostrando mais a realidade. Hoje em dia deveriam dar um Oscar aos computadores.

Antigamente um cara forte trabalhava arrastando correntes no porto. No meu tempo íamos três vezes por semana na academia com horário marcado para anos de tortura física. Hoje em dia é só bomba.

Antigamente jogava-se damas, xadrez e outros belos jogos na companhia de nossos amigos. No meu tempo tínhamos banco imobiliário, war, atari e fliperamas, tudo na companhia de nossos amigos. Hoje em dia temos jogos incríveis on line na companhia dos nossos computadores.

-----------------------------------------------------------FIM DA PAUSA-------------------------------------------------





A vida e o deserto...

Sobreviver num deserto é realmente para poucos. Você precisa de anos de preparação, coragem e aprendizado de  técnicas essenciais que podem salvar sua vida, logo, perder-se em um deserto pode significar a morte para àqueles que não estiverem acostumados.
O mais comum é a pessoa que está perdida no deserto tentar encontrar um caminho de saída, andar durante o dia quente e ficar dando voltas em círculo, em pouco tempo o corpo perde as forças pela desidratação, a insolação maltrata a mente com ilusões e aos poucos a pessoa se entrega à derrota sem conseguir encontrar um caminho seguro. Isso quando não surge uma tempestade de areia repentina e destrói qualquer esperança de sobrevivência.
A vida pode ser mais ou menos assim. Se nos preparamos para enfrentar tudo o que possivelmente poderá nos “desnortear e destruir” no futuro, teremos maiores possibilidades de “vencer” na vida. Mas isso também leva anos e anos de aprendizados, erros, lamentos e perseverança, choro e alegria, conquistas e quedas e assim por diante. O maior problema é que muitas vezes damos voltas e mais voltas em círculos na vida e como no deserto, por mais que caminhemos nossa visão do horizonte não muda por muito tempo, só vemos areia e mais areia. Aí surgem os problemas, os obstáculos e as ilusões que a vida nos prega, apenas para que possamos desistir mais facilmente de encontrar a saída. Isso quando algo totalmente fora do nosso controle não acontece e acaba com qualquer esperança que poderíamos ter.
Aprender com a vida é o mesmo que aprender a sobreviver em um ambiente tão hostil, é necessária paciência,observação, tentativas e erros e principalmente o respeito ao aprendizado com os mais velhos, ou seja, ouvir as pessoas que já sofreram muitas provações e hoje podem nos indicar a melhor maneira de superar nossos desafios.
O nosso único problema reside ainda em dois pequenos fatores, o orgulho e a autoconfiança que podemos adquirir erradamente com o passar do tempo.
O orgulho nos faz cegos e acaba por nos condenar a abraçar as ilusões de que conseguiremos sair vivos sem precisar de outras pessoas e a autoconfiança nos faz andar em círculos fazendo com que nossa visão do horizonte seja apenas a areia e sempre iremos teimar que atrás de outro monte estará um oásis.
A vida é muito melhor na simplicidade da ajuda mútua, mas isso nos despende de sermos humildes e solidários, o que hoje se mostra cada vez mais raro de existir em qualquer homem.

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O comércio da evolução.

Você lembra como o mundo era a mais de dez ou vinte anos atrás? Se é que você tem mais de vinte anos para lembrar. Sempre que compararmos nossa vida com a que levávamos à tempos passados poderemos ver uma boa evolução em todas as áreas de que dependemos, seja na área tecnológica, social e qualquer outra.
Nossos carros são mais evoluídos que o do passado, nossas roupas são melhores, novos medicamentos surgem para ajudar a saúde, novas técnicas de cirurgias, novos aparelhos eletrônicos deixam a vida mais agitada e fácil, tudo fica melhor, mais rápido e mais simples. Infelizmente isso t não acontece apenas com o que nos auxilia, como também com aquilo que nos destrói, sejam novas drogas, novas armas de guerra, novos meios que apesar de espalharem boas notícias também espalham a intolerância burra, como a internet.
Mas o que não mudou em tantos mil anos de história da humanidade e nos acompanha e nos empurra cada vez mais para a evolução do que fazemos e do que somos?
O comércio, o dinheiro e a fama. Sim, de certa forma é que nos faz ir em frente, é o que inspirou e inspira tantos talentos, tantas invenções e tantos avanços. Não foi apenas a necessidade de novas conquistas nas áreas essenciais da vida humana que fez surgir no mundo nomes como Edson, Einstein, Gates, Cameron, entre tantos outros.
Concordando ou não, muitos dos nossos mais famosos homens e mulheres que mudaram a nossa forma de ver o mundo o fizeram tanto em busca de suas realizações pessoais quanto em busca do dinheiro e fama que isso traria a eles. Não que essa regra se aplique a todos, principalmente aos aqui mencionados, porém tem uma grande parcela em tudo o que está ligado aos avanços do nosso planeta.
As indústrias farmacêuticas investem milhões em novas pesquisas para lançarem novos medicamentos, mas isso não é visando apenas a melhora da saúde mundial, mas principalmente o lucro com as novas descobertas, que podem custar bem mais que apenas dinheiro.
Pintores e inventores da antiguidade tinham vários alunos que trabalhavam em seus escritórios e muitas vezes uma nova invenção ou quadro era creditado como sendo do mestre, quando na verdade surgiu da mente de um aluno, era a fama que dava mais crédito à arte e mais posses ao artista.
Os nossos meios de transporte e comunicação ficam mais complexos e assim sempre mais caros.
E mesmo os estudantes de hoje não querem sair ganhando mal da faculdade por horas e horas de cabeça quente nos livros e computadores.
Não importa em que área busquemos uma comparação, o fato é que mesmo projetos que parecem totalmente livres de qualquer mácula suja pelo comércio e dinheiro, como muitas ONGs, no fim podem nos apresentar uma verdade desapontadora, afinal como as pessoas que mantém essas ONGs conseguem manter a si? O dinheiro tem de vir de algum lugar e ele vem. Religiões? Cada vez mais manchadas pelo comércio e isso desde milênios.
Podemos mudar e evoluir inventando um futuro cada vez mais fantástico, mas poucos farão isso em nome do amor pela humanidade e sim pelo dinheiro e fama que isso trará e poucos o fizeram no passado, e os que fizeram acabaram pagando um preço que nem deviam.
Para o mundo a regra em geral é o que não pode ser comercializado é melhor deixar de lado........



FUI-ME!!!




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