quarta-feira, 29 de julho de 2015

CONSTRUINDO VERDADES

Olá pessoas!

Tempos de estudos são sempre apertados, logo não consigo manter uma regularidade no meu blog pouco lido, porém muito bem visitado por pessoas que gostam de uma leitura nem sempre edificante, mas de alguma forma proveitosa.
Nessa postagem um pouco sobre um assunto sempre muito alertado, os fakes na internet, mas com um pouco de aspecto fora da rede também e no embalo um pouco de filosofia sobre como se fazer verdades.
Aproveitem!



Fakes

Fake é uma palavra de origem inglesa que pode significar, entre outras coisas, falso, imitador, fraude, impostor, farsante, disfarçar, improvisar. Esse termo teve uma nova conotação com o advento das redes sociais, mas o fake, como conhecemos na rede, aquela pessoa que diz ser uma coisa e na verdade não é, passou a existir muito tempo antes disso. E não estou falando do ICQ, me refiro a tempos anteriores à nossa própria contemporaneidade.

Por diferentes motivos gostamos de mentir aos outros sobre nós mesmos. Podemos ter o mais nobre dos sentimentos ao desferirmos inverdades que nos melhor qualifique ou até mesmo nos diminuam, um galanteador que queira impressionar uma bela moa que acabara de conhecer pode contar coisas a seu respeito que são mais ficção que muitos filmes ou entoa um excelente jogador de bilhar pode sempre creditar seus ótimos lances à sorte para animar o oponente. Não importa tanto o motivo, mas fakes existem mesmo desde a idade média, quando a própria maneira de se vestir demonstrava a que classe você pertencia, ou seja, dependendo da sua roupagem quem o visse em qualquer lugar já saberia se você era um camponês, um nobre, um clérigo e assim por diante. Não à toa o próprio cinema explora essa possibilidade mostrando como as pessoas deveriam se fazer passar por outras para conseguirem acessos restritos apenas se vestindo de maneira diferente. Ser um fake á exatamente isso, colocar a roupagem que mais ira agradar a quem quer ver, porem também esta na adoção das palavras e historias que mais irão agradar ao ouvinte, e muitos políticos sabem muito como fazer isso. Ate mesmo os bandidos tem seus breves momentos de fake quando são pegos pela policia, geralmente de cabeça baixa e voz mais afinada, juram sua inocência e se descrevem apenas como trabalhadores e pais de família.

Mas voltando ao mundo virtual, o fake pode acabar tendo propósitos mais mesquinhos. Seja a namorada que se faz passar por outra pessoa para sempre estar fuçando a rede social do namorado, louca para ver se está sendo traída a cada dois minutos ou ainda os motivos mais nefastos, no caso os seres nojentos que são os pedófilos ou mesmos os perigosos que são os sequestradores.  Em ambos os casos é comum que utilizem da sedução para atraírem suas vítimas, colocando fotos de pessoas atraentes e preparando a armadilha. O pedófilo ainda consegue, com sua conversa altamente sedutora, envolver tanto a vitima que mesmo depois de revelada sua verdadeira identidade, ainda exerce certo fascínio sobre o menor, levando muitas vezes a cabo o abuso. Lembrando ainda jovens, que muitas pessoas se passam por outras muito atraentes e ficam enviando fotos ou vídeos íntimos apenas para que você retribua da mesma forma, e depois pode prejudicar você de varias maneiras.

Ainda bem que da mesma maneira que existem pessoas ingênuas que acabam caindo nas histórias fantasiosas dos fakes, há também as desconfiadas e que em poucos passos já conseguem descartar qualquer perigo ou incômodos. Sejamos todos nós desconfiados, quando conhecer alguém virtualmente pegue qualquer foto e pesquise a imagem na própria internet, isso pode ser feito com o nome que te derem também. A mesma internet que permite aos fakes aflorarem como ervas daninhas também permite aos mais cautelosos desmascararem essas pragas virtuais. E olha que eu poderia falar de vários tipos dessas pragas, como as que se protegem atrás de personalidades falsas para ofender, por exemplo. Seja esperto, como tudo que possa interessas a você nessa vida, pesquise e muito sobre o que chamou a sua atenção. Isso mesmo, como quando você fica sabendo de alguma noticia interessante e vai atrás de varias fontes para saber mais sobre o assunto, faça isso com seus contatos.


Bom, fakes na internet podem de fato serem pegos mais rapidamente, o maior problema se encontram nos fakes do dia a dia, dos mentirosos que se dizem amigos e amigas, dos contadores de historia que querem seu apoio, seu voto, sua proteção, seu dinheiro. Desses infelizmente, não basta apenas uma consulta ao Google, é preciso também uma certa experiência de vida.




-------------------------------PAUSA

SAIR PRA DENTRO

Duas falas muito comuns que se enquadram nas nossas armadilhas da língua portuguesa, o sair pra fora e entrar para dentro, clássicos pleonasmos. Mas e se fosse sair pra dentro e o entrar pra fora? Este último, creio eu, deve ser mais difícil de acontecer, mas sair para dentro, bem, eu acho que é possível, vejamos:

Se estou dentro do meu quarto de desejo chegar até a sala, necessariamente deverei SAIR do quarto e entrar DENTRO da sala, ou seja, se a sala está localizada dentro da casa eu acabei de sair para dentro da sala.

Confuso? Em parte concordo, mas assim demonstro que sair para dentro é totalmente plausível na forma pratica.

                                                      CORES

Só usarei este pequeno espaço para uma consideração sobre cores de carros, coisa rápida, mas que faz pensar. Confesso que não um entusiasta da cor mais pedida no mundo para carros, o branco, mas se tivesse que escolher entre o branco e as cores mostradas abaixo eu nem pensaria muito em aceitar o branco.

O vede limão inaugurado no Brasil com o Palio, bom, país tropical e tudo mais então mete lá umas cores ousadas que representem diversão. Diversão mesmo devem ter tido os donos ao tentarem vender seus limõezinhos! Mas quer saber? Até que não é tão feia não, prefiro essa a muitas outras.

Tcharã.. Alguém que adora chocolate provavelmente ama esta cor: marrom metálico ou chocolate metalizado, tanto faz, me lembra vagamente de cocô mesmo ou barro meio diarreia. Se algumas tonalidades de verde ou vermelho me fazem passar longe da paleta de escolha de cores de alguns carros, esse marrom acaba sendo matador de vendas para pessoas como eu, não como você!



Ahá, se as pessoas achavam que cores ruins já tinham todas sidos utilizadas pelas montadoras, heis que a Ford me sai com essa. Seria branco? Não. Amarelo muito muito muito claro? Não. Creme? Nem fodendo. Isso é branco vanilla, ou baunilha como preferirem ou ainda cor de monitor de computador indo do branco pro amarelado; nerds entenderão. No final das contas, acho que fico com o verdinho mesmo.

Minha cor favorita para carros? Depende do caro, mas preto, amarelo, cinza e azul dão certo.

                                         FIM DA PAUSA-------------------------------




CONVERSA

     DE

VAMPIRO



Construindo verdades 


-          Estava no Mercado e sem querer ouvi algumas pessoas conversando a respeito da jovem de nobre família que fugiu de casa por causa de maus-tratos, porem alguns diziam que ela teria fugido por que teria decidido viver uma aventura, ainda outros afirmavam que nos jornais haviam escrito sobre ambas as hipóteses e que então algo estava errado. Nem sei o que pensar.

-          Então comece pensando que você na realidade queira ouvir o que ouviu. Sem querer algo não existe, a não ser que seja forcadamente imposto a você. Se realmente não quisesse ouvir e até mesmo participar das conversas, teria apenas se retirado do local apressadamente. Mas se reuniu tantas informações, fica claro que permaneceu por causa de sua habitual curiosidade sobre as coisas.

-          De fato não posso negar esse raciocínio, mas não o fiz por mal.

-          Não, o fez por impulso, e é naturalmente compreensível, humanamente natural.

-          Sim, mas em qual versão confiar, quem fala a verdade, quem inventa...?

-          Já foi dito certa vez que toda a historia tem três versões: a versão de um, a versão de outro e a verdade. Chegar ate a verdade é um caminho com curvas que puxam tanto pata um lado quanto para o outro e no final só conseguimos nos aproximar daquilo que é a real verdade ou então nos desviamos para muito próximo da mentira.

-          Mas por que tanta confusão em se falar das coisas?

-          Por que as coisas vem do que nos contam e quanto mais pessoas passam a contar sobre a mesma coisa, mais versões aparecem.

-          Mas sempre há versões mais confiáveis.

-          Confiáveis? Vejamos: um assunto banal qualquer em que tenhamos algumas possibilidades, a primeira é a possibilidade científica, de tratar o assunto com seriedade, pesquisar muito antes de falar com certeza sobre alguma coisa e a segunda que é puramente ficcional e inventado com tal maestria que quem ouve a versão falsa da noticia passa a levá-la como verdade.

-          E entre essas duas há muitos caminhos até a verdade?

-          Não disse que a primeira e de fato verdadeira, disse apenas que ela é mais séria, mais crível por aceitar os fatos unicamente como aconteceram, sem invencionices e sem achismos, sem dramas comoventes ou piadas hilárias. No percorrer de ambos os caminhos podemos nos deparar com verdadeiros vendedores de mentiras quase sendo como a verdade.

-          Como assim?

-          Ora, num mundo em que o conhecimento era escasso, o passado na verdade, ter acesso às informações reais era muito complicado, não raro um boato poderia ser levado a serio por muito tempo antes que fosse desmentido, mesmo estudar sobre um assunto qualquer criava certas armadilhas, pois ou se tinha acesso a livros ou se ouvia o que qualquer um que afirma ter lido o livro falava sobre o tema. No mundo atual com um excesso de informação e obtenção veloz dessas informações, iremos nos deparar com tantas versões de uma mesma coisa que fica ate difícil saber com extrema confiabilidade, qual das versões é de fato a real e quantas mais são pura lorota. Então se antes tínhamos uma escassez das informações que faziam muitos acreditarem em mentiras que se perpetuavam por épocas, hoje temos uma exceção tão grande que fica complicado saber qual das versões levar a serio.

-          Mas com tanta informação, não fica então mais fácil se chegar à informação real hoje do que seria nas épocas passadas?

-          Deveria ser, mas as pessoas não pesquisam ate encontrarem as melhores fontes, elas pesquisam ate encontrarem a versão que lhes satisfaçam as vontades e assim as espalham. Fora a terrível condição de alguns, em pegarem um fato qualquer e fazerem um verdadeiro retalho entre coisas inventadas e informações mais sérias para dar veracidade à sua versão. É como pegar meia mentira e meia verdade e as unirem, para, de certa forma lógica, dar um fundo de seriedade e autenticidade a uma coisa inventada.

-          Concordo quando você fala sobre acreditar naquilo que se quer, como no caso da moca, acredito que se eu lhe tivesse apreço eu preferiria achar que ela era maltratada e fez bem em sair de casa, mas se eu não a gostasse, seria fácil espalhar que ela foi viver uma vida fútil.

-          De fútil a vida nada tem, e eu nem posso falar sobre vida ironicamente. Mas é preciso conhecer toda a vida dela até o momento de sua fuga para se chegar próximo do real motivo que a levou a tal ação e por vezes é mais interessante ao ser humano acreditar nas mentiras mais elaboradas do que nas verdades mais simples.

-          Com tantas informações que se misturam, fica difícil encontrar a informação original.

-          Nunca tente encontrar a original, ela pode também estar equivocada. Procure sempre pela mais bem fundamentada, dês que esse fundamento não venha de uma única pessoa, mas sim de varias que contem quase a mesma coisa.

-          O que você acha que aconteceu a ela?

-          Não saberia dizer, mas se eu a tivesse visitado, poderia ter certeza que a única versão possível de ser contada seria a minha e ela não seria agradável de se ouvir.

-          As vezes eu não sei se devo ter medo ou confiar em você.

-          Mas isso se resolve facilmente.

-          Como?

-          Encontra as fontes certas, pesquise lentamente e encontrara tudo o que se tem ao meu respeito, mas saiba separar o fantasioso da realidade para que não me tome como aquilo que não sou e nem se decepcione com o que sou.


FUI-ME!!!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Sobre: GREVE / SUBORNO / REELEIÇÃO

Olá pessoas!

Esse post tinha sido planejado logo na primeira greve de professores, mas na época não quis colocar aqui, pois acreditei que muitos não entenderiam meu posicionamento sobre o assunto. Não queria, também, falar de greve enquanto estivesse havendo alguma, ainda mais por questão de tamanha importância para o Estado em que resido, porém decidi colocar o assunto em pauta assim mesmo. Não tirem conclusões apressadamente, leiam todo o blog, pois logo abaixo deixo meu posicionamento sobre os fatos atuais.

Mais abaixo um pequeno conto para aliviar a rotina e termino falando sobre os pensamentos de um vampiro à cerca de reeleger alguém para um mandato político. 

Boa leitura!




GREVE, pra que e pra quem?

Greve, direito conquistado e afirmado em qualquer país de democracia livre. Não que no passado elas não existissem, existiam, porém eram tidas como atos de afronta e rebeldia, geralmente punidas com força e até mesmo com morte.

O direito a greve é o que dá força à classe de trabalhadores em muitos casos de descasos; descasos causados por um patrão ou por um Estado. A greve não tira o direito de não pagar os grevistas, porém sem os funcionários tudo para, inclusive o lucro ou a política.

Um viva então para o direito de greve e aos valentes que aderem a ela. Um viva merecido, mas não em todos os contextos, infelizmente.

Por que, afinal, é feita uma greve hoje? Por motivos de mais segurança no trabalho? Por motivos de faltarem o mínimo de materiais para se atender as necessidades do trabalho, como medicamentos em postos e quadros em salas de aula? Por ver que o cidadão não está sendo respeitado em sua vida?

 Será que nunca foi motivo para uma greve, qualquer uma dessas coisas?

Mas não vemos as pessoas reivindicando tais coisas nas greves? Sim, porém esses não são os motivos que as começam. O motivo de toda a greve é quase sempre o mesmo: salário e qualquer direito sobre o dinheiro do trabalhador.

É engraçado pensar que as pessoas comecem sempre uma greve quando se mexe no bolso delas, mas a verdade é essa. Tire o quanto for de seus direitos salariais e as pessoas irão ficar fortemente revoltadas, tire equipamentos necessários para se executar o trabalho e as pessoas só irão ficar dizendo: Está difícil trabalhar assim. Porém trabalham Mas mexeu no dinheiro? Aí vira: Está impossível trabalhar assim. E aí é greve!

Sempre serei a favor de greves, acho que direitos não podem ser extirpados, nenhum direito pode ser, mesmo aqueles que eu não concorde, como cotas raciais, mas reconheço toda a luta e tempo desempenhado em consegui-los. Só não entendo o motivo financeiro ser sempre o mais relevante para se iniciar a greve e os motivos de solidariedade humana e todos os outros da dignidade da vida humana serem relegados a segundo plano nas greves.

Será que só aqueles que ganham bem tem o dever de fazer greve por melhorias em setores importantes, como pilotos de fórmula um fazem por segurança (afinal por salário seria uma piada; pelo que ganham), ou todas as pessoas, independente de seus rendimentos poderiam fazer o mesmo por outros motivos que não esse? Poderia o cidadão entrar em greve, mesmo que não trabalhe?


Greve sim, mas que não seja apenas pelo dinheiro, por favor!



PAUSA///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////


Opinião sobre Paraná:

Não vejo nem como tentar apoiar de qualquer forma as mudanças aprovadas pelo nossos distintos deputados frente as ideias de nosso também distinto governador do Estado, na verdade achei que esse tipo de politicagem já estaria extinta nos tempos atuais.  Nesse caso, apenas confirmo meu apoio a essa greve dos professores que sempre são os primeiros a se mobilizarem acerca de situações de suma importância, não apenas para a própria classe, mas também para outras tantas. Então ficam minhas perguntas:

- Onde está o restante do funcionalismo público que não aparece para apoiar algo que também mexe com eles?

- Onde estão os aposentados que ainda não entenderam que o bicho vai pegar pro lado deles também?

- Onde estão os pais e alunos que adoram bradar que a educação está ruim e nunca melhora?

- Como policiais que devem proteger a população acatam ordens para ir contra a vontade do povo pacífico?

- Por que professores precisam ser representados por sindicatos que visam outros interesses?

- O cão que mordeu um deputado ganhará medalha de honra?

- Tem como mandar esse cachorro pra casa do governador?

////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////FIM DA PAUSA





Suborno

Marina desde cedo, em seus 4 anos, aprendeu sobre suborno com seus pais. Não é lá algo muito bom em se aprender tão cedo, mas na vida as coisas nem sempre vem na ordem certa.

Mas quem recebe o conhecimento e sabe usá-lo sempre estará muito à frente daquele que não se interessa por ele.

Certa vez marina saiu com o pai para ir ao mercado. O pai de Marina era sempre muito assediado pelas mulheres, o que deixava a mãe dela com um ciúmes gigantesco. Fosse onde entrasse sempre havia alguma mulher que dava mais lado para o pai de Marina, que na presença da filha sempre se comportava o máximo possível dentro da cartilha do casamento. Ideia astuta da mãe dela: sempre mandar Marina junto com o pai a todos os lugares.

Naquele dia no mercado, o pai de Marina tentou disfarçar, pediu à filha que fosse escolher um chocolate que quisesse, qualquer um, e enquanto a filha foi pegar o dito doce, aproveitou e pediu o número do telefone da moça que trabalhava no caixa.

Com as compras sendo postas no carro, Marina fala com o pai:

- Eu vi tudo.

- Viu? Quer dizer, claro que viu, você é muito esperta. E é por isso que o papai tem uma oferta para você.

- E o que é?

- Se você não contar nada para a mamãe, o papai sempre vai deixar você escolher o doce que você quiser quando sair com ele, feito?

Marina pensou por poucos segundos e tomou sua decisão rapidamente.

- Feito.

Os dois foram para casa, guardaram as compras, o pai beijou de leve a mãe com o habitual eu te amo e subiu as escadas para tomar um banho. A mãe então levou Marina até a sala, sentaram-se no sofá e a conversa foi essa:

- Foi tudo bem no mercado, minha filha?

- Foi sim, mamãe. Até ganhei um chocolate do papai.

- E o seu pai conversou com muita gente lá?

- Ah mamãe, você quer saber se o papai falou com alguma moça hoje?

A mãe, enquanto respondia que sim, logo foi tirando da bolsa uma barra de chocolate delicioso.

- Olha, se você falar para a mamãe se o papai quando sai fala com alguma moça estranha, a mamãe sempre vai dar um doce para você, feito?

Marina pensou por poucos segundos e tomou sua decisão rapidamente.

- Feito.

Marina aprendeu sobre suborno e usou o que aprendeu, já papai não entendeu por que não teve nada com a mamãe naquela noite e no outro dia mamãe foi comprar uma bolsa e sapatos novos com o cartão do papai que foi passear no parque com Marina.




CONVERSA DE VAMPIRO


Reeleição sim, reeleger jamais!

-Não compreendo como governos promissores tornam-se contrários aos seus ideais e nem como governos ruins se prolongam por tanto tempo no comando de uma nação...

- Em outros tempos isso era facilmente explicável, a força, o medo, o terror. E esses outros tempos estão muito próximos, não foram nem a um século atrás. Hoje ainda ecoam exemplos desses tempos, principalmente em países mais carentes e com pouco desenvolvimento.

- Eu entendo que países que ainda não conheceram uma democracia estejam fadados a aturar essas coisas ainda por muito tempo, mas onde o poder deveria emanar do povo fica difícil encontrar algo lógico que explique.

- Lógica não é o forte dos homens, sentimentalismo e esperteza sim. A lógica que você deveria procurar se esconde atrás do possível entendimento do fato, mas está muito distante disso. A lógica é simples, mas apenas mexe com ideologias e sentimentos de amor e ódio que são criados para as pessoas que geralmente sequer participam da política.

- Uma visão geral dos acontecimentos políticos?

- Não, uma visão distorcida do que é ser político e de como participar da política. Eles, políticos, ensinam aos homens a fingirem que entendem de política, a se apaixonarem por ideias e pessoas figurativas que representam partidos e não a entender de verdade o âmago político.

- Há como mudar?

- A mente bagunçada dos homens alteradas pela politicagem? Até há, mas é tarefa das mais árduas que pode-se imaginar. Mas sempre existem possibilidades de mudar a todo momento para tentar tirar máximo proveito das ações que os políticos venham a exercer.

- Seria?

- Reeleições.

- Reeleger políticos, mesmo ruins? Mas isso é o contrário do que eu busco no momento...

- A surpresa dos homens ao político está na reeleição, não em reeleger alguém.

- Ainda está confuso para mim!

- Muito bem, serei sucinto. Um político é eleito e espera ansiosamente por esse momento. Ele sabe que dali a alguns anos ele terá outras eleições pela frente e deverá para tanto se esforçar em alguma área, e não apenas em engodos e desvios de recursos, para que ele tenha alguma chance de ser eleito novamente. Esse político deverá ao menos se esforçar para dar ao povo algo útil durante sua estadia no poder para justificar um prolongamento de sua gestão por mais tempo.

- Mas aí ele vai continuar a fazer coisas ruins e....

- E é aí que entra a surpresa. Não se reelege esse político, nunca.

- Mas ele tentará, como quase todos, ludibriar as pessoas para que acreditem que ele continuará a fazer coisas uteis, não é?

- Não importam os truques dos sujos, mas sim o esclarecimento da população. Dê ao político uma chance, uma ilusão de que ele poderá permanecer no poder para que ele faça as coisas de que dele se espera e depois tira-se dele o período que serviria apenas para o deleite de seus próprios interesses. Deixe-o pensar que ele se perpetuará, que poderá enganar e roubar. Ele terá que mostrar motivações para seus eleitores, fazer, ser o político que ele prometeu ser, nem que por apenas um breve período de seu mandato e então ao tirar o proveito que dele se espera o povo deve trocá-lo e dar a outro a mesma sensação de que poderá se reeleger.

- Mas isso não seria passar o político para trás de certa forma?

- Ele teve um tempo de governo, ele representou seu povo, não foi enganado em sua totalidade, só não terá mais tempo para que seja ele a enganar mais as pessoas.

- É como prometer, na empresa, para o funcionário se esforçar mais e ele será promovido, e depois manda-lo embora?

- Não. É como deixar o prédio com um síndico e depois trocar sucessivamente de síndico para que nenhum deles desenvolva uma certa ganância e sede de poder. Apenas não se fala ao síndico que ele sairá do comando logo na primeira oportunidade para que ele se esforce para parecer bom e correto e faça o que dele se espera para tentar continuar à frente do prédio.

- Mas como fazer as pessoas entenderem que isso é possível e não deixar que os políticos percebam que isso é possível?

- Aí reside justamente a chave de todo o processo democrático. O povo guiado por emoções baratas não enxerga a possibilidade e os políticos embebidos em poder sabem exatamente como estenderem seu domínio por tempos e tempos.




FUI-ME!!!






          

domingo, 1 de março de 2015

O REVERSO

Olá pessoas!

Era para ser em fevereiro, mas um dia para arrumar o office me fez ter esse pequeno atraso, coisas normais da vida. Espero poder publicar duas vezes então neste mês, e se a facul não apertar muito, isso será facilmente feito.

Hoje a conversa de vampiro dá lugar à série REVERSO, mas logo ela volta. Há também uma analogia sobre a vida; mais uma é verdade, e também uma ideia de como melhorar nosso comportamento no trânsito.

Boa leitura!




Analogia

Vamos considerar os fatos da vida sob uma perspectiva lógica: as coisas só podem acontecer se ações forem tomadas. Não quero me referir aqui a causas de fatores extremamente externos ao ser humano, como acidentes naturais, fúria da natureza, doenças por vírus/bactérias, etc... Vamos focar no âmbito de que uma coisa só pode acontecer com alguém se esse alguém for o agente ou sofrer alguma ação, e mais específico, analisar como as coisas “podem dar certo na vida” de uma pessoa; em outras palavras, como podemos dividir os acontecimentos na vida pessoal e sob quais circunstâncias eles podem acontecer para tornar a vida de alguém “mais fácil” ou não.

A analogia da vez será a mega-sena (desde que acreditemos que ela é um jogo honesto, vamos fingir que é para dar certo).

Há algumas maneiras em que um apostador pode acabar “ganhando” o prêmio principal: sozinho, com ajuda ou sem querer. Outras tantas também seriam possíveis, mas daí a analise se estenderia em demasiado.

Sozinho é quando o sujeito resolve levantar a bunda da cadeira e ir até uma lotérica, fazer sua aposta e acabar ganhando, independe se ele escolheu os números ou a máquina o fez, é a clara interpretação da pessoa que não fica esperando as coisas acontecerem e toma a iniciativa para mudar a sua vida ou pelo menos tentar.

Com ajuda geralmente acontece se o sujeito participou de um bolão ou ainda pediu para alguém que iria até a lotérica, fazer uma aposta para ele. Assim ele não precisa nem se dar ao esforço de encarar uma fila, mas sabe que pedir ajuda ou favores também é uma forma de conseguir fazer algumas coisas (ainda mais no Brasil). O sujeito não pratica a ação diretamente, porém faz com que ela aconteça em seu favor. É mais ou menos o cara que nãos e mexe muito no serviço, porém sempre alcança os resultados.

Sem querer fica por conta da casualidade total da vida. Vamos dizer que alguém passou numa lotérica, lembrou de um amigo e resolveu levar um bilhete para ele e o cara ganhar. É o clássico “nascer virado pra lua”, mesmo sem almejar alcançar um objetivo por qualquer ação, a coisa acontece com a pessoa de qualquer forma. Claro que a pessoa conta com certo apresso de outro no exemplo, mas poderia ocorrer de ter encontrado um bilhete na rua perdido por outra pessoa e por aí vai. Não adianta, tem gente que vai se dar bem, mesmo que nem tente e é preciso aceitar esse fato.

Obviamente que as chances de ganhar o prêmio são pequenas, mas elas existem e alguém ganha. Mas a forma como se dá esse “ganhar” pode ser diferente para cada um. Dessa forma, se você não acha que é alguém que irá ter tudo caindo do céu, ainda lhe resta as duas primeiras opções: levanta da cadeira ou peça ajuda, ou ainda melhor, faça as duas coisas!

E como contraponto devemos colocar, aqui, que nem sempre conseguiremos ganhar, você pode se mexer e fazer a ação, mas o sorteio não sai para você. E a parte triste é que muitas vezes poderemos não ser o sorteado a vida toda, mas isso não pode ser o motivo antecipado de parar de tentar.





---------------------------PAUSA

Reduzindo a velocidade

Para soluções práticas, ideias práticas que não funcionariam de forma alguma.

Como poderíamos fazer os cidadãos trafegarem pelas ruas com seus veículos sem ultrapassar a velocidade máxima?

Simples. Poderíamos instalar nas ruas, sensores de velocidade que emitiriam um sinal a um equipamento acoplado ao veículo que informaria a velocidade máxima permitida e dessa forma, automaticamente, o veículo não conseguiria naquela via seguir em maior velocidade que a permitida. Por mais que se pisasse no acelerador, ou acelerasse a moto, ou ainda qualquer outro tipo de veículo motor que pudesse ultrapassar a velocidade permitida, de nada adiantaria, o máximo seria sempre constante. Obviamente veículos de emergência como bombeiros e ambulâncias e ainda viaturas oficiais não seriam limitadas.

Problemas? O custo que isso iria gerar, carros que fossem fabricados antes dessa medida teriam que colocar o equipamento e duvido que as pessoas iriam querer fazer isso. Os sensores teriam que ser muitos. Apareceria uma máfia de burlar os sensores tanto dos carros quanto das ruas e por aí vai.

Solução? Talvez fazer isso via satélite e incorporar o sistema ao GPS do carro, porém teriam que ser sistemas GPS já instalados nos veículos.

Daria certo? Daria, mas existem mais desculpas para não se fazer do que motivos para fazer.

É só uma idéia.
                                                 FIM DA PAUSA------------------------------






O REVERSO


A sociedade vive mudando seus conceitos, mas isso não se dá de forma rápida, pelo menos não no nosso tempo de vida. Com o passar de algumas décadas ou mesmo um século, as pessoas na tal “maioria” acabam adotando normas, gostos e linhas de pensamento que no antigamente eram julgados nos quesitos é proibido, é amoral, é feio, e por aí vai. Com a explosão dos vídeos aeróbicos nos anos 80, as academias nos anos 90 e das mulheres tudão nos anos 2000, por muito tempo o foco era ser fitness e não importava se para isso pudéssemos nos arriscar com cirurgias plásticas. Mas o que realmente importa é que tendências passam e novas surgem. E se, de repente, ser fitness e magro não fosse o “aceito” socialmente? E se a moda fosse ser gordinho?

É uma visão diferenciada sobre o que nos dizem ser o modelo de vida, que trato aqui em O REVERSO. Como seria se os objetivos sociais fossem outros? Vamos tentar imaginar...




Quilinhos a mais....


A sociedade cada vez mais acelerada não tinha mais tempo para manter uma forma. Todos aceitaram que não podiam fugir de uma alimentação carregada com óleos e gostosuras, era bom demais para resistir. O açúcar tornou-se a especiaria mais produzida no mundo e ninguém poderia luar contra isso, plantações enormes deram lugar à cana-de-açúcar e batatas. As modelos plus size conquistaram os espaços das grandes celebridades e os homens passaram a desejar as gordinhas enquanto eles mesmos alimentavam suas barriguinhas de cerveja. Academias se transformaram em restaurantes. A ciência aceitou que curar certas doenças não dava em anda, assim era chique ter diabetes tipo II ou algum problema de tireoide, tudo era válido para ficar mais cheinho. O mundo mudou e as conversas com os médicos também mudou. Vejamos o diálogo entre uma paciente desesperadamente magra e seu endocrinologista:

- Doutor, não sei mais o que faço. Já tentei engordar de todas as formas, porém não consigo....

- Fique calma. Já sabemos que seu metabolismo é muito rápido e estamos tentando desacelerar esse processo. Você ainda não está no peso mínimo para a cirurgia de aumento de estômago, por isso não posso te passar um encaminhamento ainda. E se tudo der certo, os estudos para a colocação de estômagos múltiplos deve logo atingir a fase de estudo com humanos. Há esperança.

- Mas doutor, eu não consigo baixar o peso para poder fazer a cirurgia e toda vez que compro passagem de avião tenho eu pagar pelo espaço de assento que deixo de usar. Minhas amigas já estão todas casando e eu nada.

- Não se preocupe, vamos momentaneamente começar a lhe passar uma série de corticoides e também alguns estimuladores de apetite. Não vai engordar, mas deixará você um pouco inchada, assim irão pensar que está ficando gordinha.

- Não acha que devo tentar tomar levotiroxina para induzir um hipotireoidismo?

- É muito arriscado, se errarmos o foco na indução medicamentosa poderemos atingir o efeito contrário e você ficará mais magra ainda. Vamos devagar. Tenho certeza de que atingiremos o objetivo em até três anos.

- Mas aí eu estarei muito velha para arrumar um marido, doutor.

- Que nada. Ficando rechonchuda como eu, irá perceber que as rugas nem aparecem mais. E a média de vida está muito bem, não reduziu tanto da época que as pessoas eram preocupadas com exercícios e condicionamento, passamos de 83 para 75 anos, então ainda há tempo para o seu caso.

- Tudo bem doutor, algo mais para essa semana?

- Pegue aqui, uma receita do nutrólogo para aumentar sua dose de donuts e batata frita e também um endereço e nome de um bom hipnólogo para tirarmos essa sua aversão ao sorvete de madrugada.

- Obrigada doutor, preciso logo chegar ao meu peso ideal, não aguento mais passar vergonha nas lojas comprando roupa P.

- Tenha um bom dia e nos vemos semana que vem. Aceita uma barra de chocolate?

- Vou ficar com apenas meia, se me virem jogando o resto no lixo eu posso ser multada.


E foi assim. Que fique claro que isso não deve ser lido como uma crítica e sim apenas como uma forma diferente do que poderia ser ou de que um dia poderá vir a ser. Eu mesmo sou um que foge do aceito socialmente e seria hipocrisia de minha parte defender todas as formas do aceito socialmente. Veremos qual será o próximo!

FUI-ME!!!